Joaquim Pontes e outros amigos de Nuno Castanheira, jovem de 28 anos da Marinha Grande que faleceu no passado dia 3 de agosto no Paquistão, durante uma viagem de mota pelo mundo, criaram no sábado, dia 12, uma campanha de crowdfunding para ajudar a família a trazer a mota de Nuno Castanheira para Portugal.
O objetivo traçado foram 4.500 euros, o montante necessário para o transporte da mota, e o que os amigos não esperavam era que o valor fosse atingido e até mesmo ultrapassado em poucas horas.
Joaquim Pontes conta ao REGIÃO DE LEIRIA que a campanha foi criada na plataforma “Gofundme” por volta das 21 horas de sábado e ao final da noite, já tinham angariado mais de dois mil euros.
“Achamos que aquilo ia depois abrandar um bocadinho, mas começou a explodir no domingo de manhã, e ao final da manhã tinha ultrapassado o valor”, diz, sublinhando que ficou “bastante surpreendido” com “a rapidez” com que foi atingido o sucesso da campanha.
Joaquim Pontes conheceu Nuno Castanheira há dois anos. Trabalharam na mesma empresa e acabaram por se tornar amigos, partilhando também o gosto pelas motas. Com a notícia do falecimento, Joaquim e outros amigos queriam fazer algo para ajudar a família. “Sentíamo-nos impotentes porque não conseguíamos fazer nada”, conta, explicando que foi depois de falar com os pais de Nuno que percebeu que eles queriam trazer a mota para Portugal e, para isso, eram necessários cerca de 4.500 euros.
A campanha foi encerrada no domingo, logo após ter atingido o objetivo, e o montante foi já transferido para o pai de Nuno Castanheira.
Após o encerramento da campanha, ainda houve “muita gente que quis fazer transferência por MB Way, mas dissemos que não fazia sentido”.
Nuno Castanheira faleceu no dia 3 de agosto, num acidente rodoviário perto de Dalbandin, no Paquistão, quando colidiu com uma carrinha de caixa aberta. A notícia foi avançada pelo jornal paquistanês The Express Tribune.
O jovem da Marinha Grande tinha partido no passado dia 21 de maio numa viagem de mota por mais de 50 países, que ansiava realizar há vários anos. A viagem iria durar mais de dois anos e o projeto tinha o nome de “Mission Unplug”.
