Após um ano de trabalho, de atividades cansativas e stressantes, todos ansiamos por um tempinho de relaxamento, de harmonia, enfim, de um pouco de verão. Acontece que esta estação se transformou, há décadas, num pesadelo em forma de chamas: semanas de angústia, de medo, de exaustão e terror, enfim, o inferno na terra.
Não há dinheiro europeu, nem impostos que cheguem para prevenir a brutal destruição da nossa floresta, pois a ganância criminosa que grassa em Portugal não tem limites.
Na minha leiga e humilde opinião, poderiam ser implementadas algumas medidas: o valor de mercado da madeira queimada não teria uma queda tão acentuada; impedimento da elegibilidade dos terrenos açoitados pelo fogo, para qualquer tipo de construção, durante um largo período de tempo; aquisição de aviões, helicópteros e outros equipamentos de combate aos fogos (atualmente alugados a privados), por parte do Estado; preparação de equipas de vigilância pelas autoridades, com eventual colaboração dos habitantes; a punição teria de ser bastante mais gravosa para com os incendiários: além da pena de prisão, serviço comunitário prolongado e vigiado, bem como o arresto dos bens, em prol das vítimas/Estado.
E nas situações em que se constata presença de perturbação psicológica, obrigatoriedade de psicoterapia.
Maria Repolho
Leiria