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Saúde

DGS e ASAE recomendam o não consumo de broa de milho em algumas regiões

A recomendação estende-se aos concelhos de Pombal, Ansião, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Ourém, Figueira da Foz, Condeixa-a-Nova, Coimbra, Ílhavo e Vagos, onde foram detetados 187 casos suspeitos de toxinfeção alimentar

Recomendação mantém-se até que esteja concluída a investigação em curso

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) emitiram esta quinta-feira um comunicado conjunto onde recomendam aos consumidores que não comam broa de milho nas regiões onde foram detetados, nas últimas três semanas, perto de duas centenas de casos de toxinfeção alimentar.

Segundo a nota enviada esta manhã às redações, foram identificados, até à data, “187 casos suspeitos de toxinfeção alimentar associados ao consumo de broa de milho numa área específica do país, que inclui os distritos de Leiria (Pombal, Ansião, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande), Santarém (Ourém), Coimbra (Figueira da Foz, Condeixa-a-Nova e Coimbra) e Aveiro (Ílhavo, Vagos).

“Apesar da incerteza ainda existente, foi possível determinar que os afetados tinham em comum o consumo de broa de milho produzida e distribuída nos distritos de Santarém, Leiria, Coimbra e Aveiro, pelo que a suspeita da origem da toxinfeção pode estar relacionada com a farinha usada na confeção deste alimento”, acrescenta.

O facto de não terem sido referenciados casos noutros distritos ou regiões sugere, por outro lado, “uma produção e/ou distribuição regional do alimento suspeito (broa de milho) e das suas matérias-primas”, nota ainda, reforçando que a recomendação se centra nas regiões mencionadas não havendo dados para que seja estendida a outras regiões do país.

As duas entidades referem ter implementado “todas as medidas definidas para conter esta toxinfeção e investigar a sua fonte, entre as quais a realização de análises ao alimento e matérias-primas, e a inspeção de operadores económicos para identificação dos lotes de matérias-primas utilizados”.

Ainda assim, e face ao “contexto de suspeita de toxinfeção alimentar, é recomendável que se interrompa o consumo deste alimento nas áreas geográficas acima identificadas, enquanto decorre uma investigação por parte das autoridades competentes”, sublinha, acrescentando tratar-se de “uma medida preventiva e de caráter transitório”.

“Até que este alimento seja considerado seguro, apela-se à colaboração dos cidadãos”, reforça, dando ainda conta de que foram tomadas medidas “no sentido da restrição das matérias-primas utilizadas no fabrico da broa de milho que se suspeita estar envolvida, mantendo-se a monitorização desta ocorrência em permanência e em estreita articulação entre todos os envolvidos”.

Os primeiros casos terão surgido a 21 de julho (e não a 25 de julho como referido num anterior comunicado pelo Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro), tendo 187 pessoas manifestado sintomas semelhantes, com destaque para “secura da boca, alterações visuais, tonturas, confusão mental e diminuição da força muscular”.

Estes sintomas, refere o comunicado da DGS e da ASAE, “foram observados entre 30 minutos a 2 horas após a ingestão de alimentos” e, “na maioria dos casos, verificou-se ausência da sintomatologia em poucas horas, com sintomas classificados como ligeiros”.

Do total de casos suspeitos identificados, 43 necessitaram de cuidados hospitalares, refere-se no mesmo balanço.

A investigação epidemiológica que visa apurar a origem do problema encontra-se em curso e envolve ainda os Departamentos de Saúde Pública das Regiões Centro e Lisboa e Vale do Tejo, e os institutos nacionais de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

“Apesar de os sintomas serem ligeiros e transitórios”, a recomendação de não consumo de broa de milho “vigora até que haja a garantia de que todos os alimentos potencialmente contaminados estão efetivamente retirados do mercado e se possa novamente consumir broa de milho, um produto tão importante na dieta portuguesa”, sublinham ainda a DGS e ASAE.

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