Os serviços de Saúde Pública da região Centro identificaram até ao final do dia de ontem, sexta-feira, um total de 108 casos de intoxicação alimentar “aparentemente associada ao consumo de broa”.
A maioria dos casos foi sinalizada nos concelhos da área do Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Litoral (ACeS PL) e em alguns munícipios vizinhos, tendo, no total, recorrido 29 pessoas a serviços de saúde. Todas elas já tiveram alta clínica, adiantou o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) num comunicado emitido ao final do dia de sexta-feira.
Na nota onde são reportados mais 26 casos do que na véspera (quinta-feira), adianta que “a maioria das pessoas que atualmente contacta os serviços já não estão doentes, mas pretendem informar que sofreram dos mesmos sintomas e não foram observados porque a doença foi muito ligeira, ou, se foram observados, a doença não foi associada ao consumo de alimentos”.
Na véspera, o mesmo departamento informou que, na maioria dos casos reportados, os sintomas surgiram entre os dias 25 e 31 de julho.
Ao REGIÃO DE LEIRIA, Odete Mendes, coordenadora da Unidade de Saúde Pública (USP) do ACeS PL, referiu no início da semana que todos os produtos suspeitos tinham sido retirados do mercado, sem avançar qualquer hipótese quanto à origem do problema.
“Está a dar-se continuidade à investigação epidemiológica e à análise laboratorial de amostras clínicas e alimentares”, adianta, por sua vez a ARSC, referindo que “prossegue a realização de vistorias aos locais de confeção, cadeia de comercialização, distribuição e venda dos alimentos, sendo retirados do mercado os produtos sinalizados”.
A situação está também a ser acompanhada pelos serviços de Saúde Pública locais e regionais do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, em colaboração com as unidades hospitalares, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).