A empresa Águas do Centro Litoral (AdCL) vai reformular os sistemas de telegestão do Lis e da Ria, nos concelhos de Leiria e de Aveiro, respetivamente, um investimento de 900 mil euros segundo o concurso hoje divulgado.
De acordo com o anúncio de procedimento publicado em Diário da República, o prazo de execução é de 240 dias.
A AdCL explica que este “projeto de reformulação dos sistemas de telegestão do Lis e da Ria inclui-se no plano de remodelação dos três sistemas de telegestão da empresa, que se iniciou em 2021 com a reformulação do sistema de telegestão do Mondego”.
“Esta reformulação visa, essencialmente, proceder à substituição das plataformas de ‘hardware’ e ‘software’ dos sistemas de telegestão do Lis e da Ria, cuja instalação original data, respetivamente, de 2007 e de 2004, encontrando-se já com níveis de desatualização e obsoletismo que não permitem responder adequadamente às exigências operacionais”, realça a empresa.
A AdCL esclareceu ainda, numa nota, que, além da atualização das plataformas de “hardware” e “software”, o projeto pretende também “alcançar um maior grau de uniformidade na arquitetura e funcionalidades dos sistemas de telegestão da empresa, assim como dotá-los de uma capacidade de cibersegurança e resiliência superior, e condizente com as melhores conceções e práticas da atualidade”.
A Águas do Centro Litoral tem a concessão, por um período de 30 anos, até 2045, da exploração e da gestão do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Centro Litoral de Portugal.
Esta é uma sociedade constituída em 2015 e participada pela Águas de Portugal, SGPS, SA e por 29 municípios distribuídos pelos distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Porto e Santarém.
De acordo com a empresa, as infraestruturas de abastecimento de água e saneamento de águas residuais que constituem este sistema “compreendem atualmente 399 instalações”, entre captações, estações de tratamento de água, reservatórios, estações de tratamento de águas residuais, estações elevatórias, pontos de entrega e pontos de entrada.
“Destas, 376 instalações encontram-se atualmente integradas nos sistemas de telegestão da empresa”, adiantou, referindo que, desta forma, permite a “gestão operacional remota de aproximadamente 95% das infraestruturas”, contribuindo “para a gestão sustentável do ciclo da água (desde a captação, tratamento, transporte e distribuição em ‘alta’ até à recolha e rejeição do efluente)”, precisou a AdCL.
Ainda segundo a empresa, os sistemas de telegestão “permitem monitorizar o estado de condição e de sensorização das instalações, assim como comandar, por via remota, os equipamentos e sistemas hidráulicos em ‘alta’ geridos pela AdCL, tanto a nível de abastecimento de água como de tratamento de águas residuais, centralizando todos processos operacionais e permitindo o controlo em tempo real do sistema, com vista a uma pronta atuação perante as ocorrências diárias”.