A metodologia utilizada nas Agendas Mobilizadoras, desenvolvidas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “vai ser o novo normal no acesso aos financiamentos e aos fundos comunitários na próxima época de programação”, defendeu em Leiria o primeiro-ministro, António Costa.
O líder do Governo, que falava esta quarta-feira, dia 20, no encerramento do 1º encontro anual das “Agendas Mobilizadoras – Parcerias que transformam a economia”, no âmbito da iniciativa “Governo + Próximo”, afirmou que a ação “procurou antecipar aquilo que os consórcios vão entregar à economia nacional até dezembro de 2025”.
“O país recuperou bem da pandemia, melhor do que pensávamos quando desenhámos o PRR e o chamámos de Recuperação e Resiliência. Hoje, na generalidade dos sectores, já estamos a crescer acima do nível de 2019”, referiu António Costa, destacando que, “no ano passado, as empresas investiram em Portugal 32 mil milhões de euros”.
É um valor bastante mais elevado do que os 7,7 mil milhões das Agendas Mobilizadoras, mas estes consórcios “são importantes, não pelo montante do investimento, mas pela metodologia de trabalho que implicam”. Por exemplo, “juntando à mesma mesa” empresas, academia e os sistemas científico e tecnológico”, referiu.
Por outro lado, o primeiro-ministro propôs “que estes encontros se realizem periodicamente. Como o prazo execução é muito curto, que sejam de seis em seis meses, o primeiro já em março noutra região do país”. “É muito importante para os consórcios, porque em cada sessão destas oiço dizer: ‘já ouvi alguma coisa que me inspirou ou já encontrei uma outra agenda com quem posso encontrar sinergias’”, explicou.
Para António Costa “é fundamental” que a experiência das Agendas Mobilizadoras seja conhecida por empresas e entidades, “porque tem um efeito inspirador e de contágio. Tem mesmo o efeito essencial de preparação, porque não tenho a menor duvida que é muito original esta experiência das Agendas Mobilizadoras e que este vai ser o novo normal no acesso aos financiamentos e aos fundos comunitários na próxima época de programação após 2027”.
“Ainda bem que começámos a preparar-nos cedo e vamos ganhar, ao longo destes anos, o know-wow necessário e a capacidade de transmitir a informação àqueles que, em 2027, vão ter de estar prontos para recolher fundos com base nestas novas metodologias”, concluiu o líder do Governo.