Municípios associam-se à Semana da Mobilidade com o lema “Combina e move-te”

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  Valerio Puccini disse:

  18 de Setembro de 2023 às 16:54

  Ex.mo Diretor, li no artigo sobre mobilidade: – “Iniciativa visa sensibilizar para o uso de meios alternativos ao automóvel, como a bicicleta ou os transportes públicos, nomeadamente no Dia Sem Carros” – e ainda: – “Na região, diversas autarquias associaram-se à efeméride com a dinamização de um conjunto de ações ao longo da semana para miúdos e graúdos, optando muitas por encerrar no Dia sem Carros algumas vias ao trânsito automóvel “-
  Cito o artigo do Prof. Paulo Faustino de Março de 2020, tempos desavisados: -A falta de transportes está a gerar outros problemas, como a dificuldade de encontrar quartos/casas para arrendar. Na verdade, é uma falsa questão porque o stock habitacional existe, mas não deve ser visto apenas associado ao centro da cidade-
  Neste ponto surge espontaneamente uma questão: – Porquê, na ausência de um serviço público adequado as pessoas deveriam deixar os carros em casa se podem, por ordem, estacionar onde quiserem, parar onde quiserem, chegar onde quiserem. Tudo isso independente de ser permitido ou não e sem correr o risco de levar multa..?!? O problema não se resolve com ciclovias.
  Possível que as Autoridades não percebam a completa anarquia que regula, por assim dizer, o trânsito em cidade. Não é bom, não respeita os próprios cidadãos e não está em sintonia com uma cidade moderna. Possível que a administração ou a PSP não tem dois, quero dizer dois agentes para afectar ao controlo de trânsito?!? Numa cidade como Leiria, onde basta controlar apenas a circulação do centro da cidade, dois agentes seriam suficientes para verificar e eventualmente sancionar a já habitual série de infrações.
  E’ natural perguntar por que meios os Administradores se movem, para não perceber, não ver, não sentir a necessidade de remediar a situação. Obviamente não estabelecendo uma série de “noites coloridas” para fazer todos cantarem, talvez debaixo das janelas de quem tem que se levantar de manhã para ir trabalhar.
  A verdadeira questão é que sem controle, cada um faz o que quer. Antes de falar em mobilidade sustentável, seria apropriado falar em mobilidade “educada”. Talvez, começando pelos jovens, possamos evitar que o problema se torne cada vez mais complicado.
  Uma sugestão poderia ser útil? Dois agentes que percorrem essas ruas 4 vezes ao dia (Av. Dom João III, Rua da Europa, Rua Camilo Korrodi, Rua Capitão Mourinho de Albuquerque, Av. Heróis de Angola, Rua de São Francisco, Largo 5 de Outubro, Rua Machado dos Santos, Estação Rodoviária de Leiria, Av. 22 de Maio).
  Um compromisso de mais ou menos 3 horas. Você ficaria surpreso com o resultado. Estacionamentos selvagens e paradas selvagens se tornariam uma lembrança em poucas semanas. Mas acima de tudo, um passo de cada vez os automobilistas passarão a respeitar as regras de trânsito e, consequentemente, a segurança dos seus concidadãos.
  Obrigado pela sua atenção, cumprimentos. Valerio Puccini