Pelo menos 296 pessoas morreram e 153 ficaram feridas na sequência de um sismo de magnitude 6,9 na escala de Richter que abalou o centro de Marrocos, anunciaram hoje as autoridades marroquinas.
O Ministério do Interior de Marrocos disse num comunicado que, até às 2 horas (mesma hora de Lisboa), foram registadas mortes nas províncias e prefeituras de Al Haouz, Marraquexe, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, que regista a atividade sísmica em todo o mundo, o abalo ocorreu às 23h11 de sexta-feira.
O epicentro foi na localidade de Ighil, situada 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe.
Através das redes sociais estão a ser divulgados vídeos de edifícios desabados e danificados, incluindo partes das famosas muralhas vermelhas que cercam a cidade velha da histórica Marraquexe, Património Mundial da UNESCO, onde os habitantes saíram às ruas em pânico.
Segundo testemunhas citadas pela agência Efe, o tremor foi sentido em cidades do norte, como Larache, a 550 quilómetros do epicentro, bem como em Casablanca e Rabat, a 300 e 370 quilómetros, respetivamente.
O sismo foi sentido em várias regiões de Portugal, confirmou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Num comunicado, o IPMA disse que o sismo foi sentido com intensidade máxima III/IV, na escala de Mercalli modificada, nos concelhos de Castro Marim, Faro, Loulé, Portimão, Vila Real de Santo António (Faro), Cascais, Lisboa, Torres Vedras, Vila Franca de Xira (Lisboa), Almada, Setúbal e Sines (Setúbal).
Foi ainda sentido com menor intensidade nos concelhos de oimbra, em Albufeira, Olhão, Silves (Faro), Alenquer, Loures, Mafra, Oeiras, Sintra, Amadora, Odvelas (Lisboa), Santo Tirso, Vila Nova de Gaia (Porto), Santiago do Cacém, Seixal e Sesimbra (Setúbal), acrescentou o instituto.
Há ainda vários relatos em Leiria, onde também se sentiu o abalo.
De acordo com relatos nas redes sociais, o sismo foi sentido ainda no Mali e na Argélia.