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Marinha Grande

Inundação obriga ao encerramento da Secundária de Vieira de Leiria

Pelas 11h30, a ocorrência não obrigava à intervenção dos bombeiros. Amanhã, sexta-feira, as aulas decorrerão normalmente.

Foto de arquivo

A escola secundária José Loureiro Botas, em Vieira de Leiria, no concelho da Marinha Grande, foi encerrada a meio da manhã desta quinta-feira, 19 de outubro, após ter ficado inundada.

Fonte do estabelecimento de ensino disse ao REGIÃO DE LEIRIA que “os alunos chegaram de manhã para ir às aulas, mas acabaram por ter de ir para casa”.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria, João Lavos, adiantou ao nosso jornal que uma equipa se deslocou ao local e verificou que “existia uma entrada abundante de água pela zona do telhado”.

No entanto, a ocorrência não estaria, às 11h30, a obrigar à intervenção dos bombeiros.

O REGIÃO DE LEIRIA tentou contactar a diretora da escola, mas não obteve resposta até ao momento. No entanto, ao final da tarde desta quinta-feira, 19 de outubro, um comunicado publicado na página de Facebook da escola adianta que amanhã, sexta-feira, “as aulas decorrerão normalmente”.

Segundo o presidente da Câmara da Marinha Grande, Aurélio Ferreira cerca de 300 alunos foram para casa. “A escola fechou, porque choveu no seu interior. A água entrou pelo teto e, por questões de segurança, a escola foi encerrada”, afirmou à agência Lusa.

Segundo o autarca, “o que aconteceu na escola também ocorreu em parte do edifício do Centro de Saúde”.

Ainda na Marinha Grande, os dois túneis (Santos Barosa e Estrada dos Guilhermes) também inundaram, tendo um carro ficado submerso.

“Não há vítimas”, adiantou Aurélio Ferreira, referindo, pelas 14 horas, que o túnel da Estrada dos Guilhermes reabriu entretanto.

“Os danos principais são nos edifícios que herdámos da delegação de competências da educação e saúde que o Estado passou em muito mau estado. São edifícios que precisam de ser reabilitados e, enquanto não forem sujeitos a intervenções, estão sujeitos a problemas estruturais destes”, esclareceu.

Esta quinta-feira, a chegada da tempestade Aline trará, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), “condições meteorológicas mais adversas do ponto de vista daquilo que será a probabilidade de ocorrência quer de inundações quer de quedas de estruturas e ventos”.

A ANEPC aconselhou “especial cuidado na circulação rodoviária” durante o dia de quinta-feira, “evitar a possibilidade de atravessar zonas inundadas e cuidado com a possibilidade de ocorrência de lençóis de água nas vias”.

Não há feridos entre as ocorrências registadas

São muitas as chamadas a pedir a intervenção de bombeiros ou outros meios de socorro que a Proteção Civil está a registar na manhã desta quinta-feira.

Segundo Carlos Guerra, responsável do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria, as situações reportadas são sobretudo de “pequenas inundações, alguns galgamentos para as estradas, porque as valetas não suportaram todas as águas, e isso provoca algum condicionamento nas vias, mas, até ao momento, não temos indicação de nenhuma via interrompida”.

Relativamente às rajadas de vento registadas, houve registo de algumas quedas de árvores ou ramos, bem como de placares publicitários, sem danos, explica.

O comandante salienta que “o mais importante é que não há feridos a registar”.

Carlos Guerra confirma ainda o encerramento da escola secundária José Loureiro Botas, em Vieira de Leiria, resultado de uma inundação registada no estabelecimento. O encerramento resultou numa decisão tomada pela diretora da escola, diz.

Ainda esta manhã, o vereador da Proteção Civil da Câmara de Leiria, Luís Lopes, disse ao nosso jornal que “não há ocorrências de relevante”, apenas registo de “alguma acumulação de águas”, mas que estariam a ser resolvidas. O autarca adiantou ainda não haver registo de estradas cortadas à circulação do trânsito.

Já Aurélio Ferreira declarou que foram registadas no concelho da Marinha Grande cerca de 100 ocorrências, distribuídas pelas três freguesias, sendo que o pico ocorreu “entre as 7h30 e 8h30”.

“Estiveram envolvidos 60 operacionais, entre bombeiros, funcionários da Câmara e das juntas e do Serviço Municipal de Proteção Civil, com o apoio de 25 viaturas”, referiu ainda em declarações à Lusa.

De acordo com Aurélio Ferreira, há “algumas caves com águas, mas que vão ser desobstruídas pelos bombeiros”.

“Como o mau tempo foi previsto, tínhamos feito reuniões de preparação para intervir assim que fosse preciso”, acrescentou.

(notícia atualizada às 15h15 de 19 de outubro de 2023 com as declarações do presidente da Câmara da Marinha Grande, Aurélio Ferreira; acrescentada informação, às 18h30 do mesmo dia, com informações sobre a reabertura da escola secundária)

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