O “registo crescente de queixas” por parte dos cidadãos, com consequentes atrasos na entrega de correspondência, e as consequências ao nível do recebimento de pensões e de faturas de serviços essenciais, como o fornecimento de energia, água ou comunicações, levaram os 10 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) a reclamar contra o mau funcionamento dos CTT.
Em comunicado, a CIMRL explica que “está a realizar diversas diligências junto da Administração dos CTT – Correios de Portugal e junto ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações sobre esta situação que tem acarretado prejuízos e transtornos para diversas organizações e população em geral”.
A situação, explica, tem um impacto maior nas zonas mais rurais, “onde precisamente estes serviços de correspondência são essenciais, onde existe uma manifesta falta de recursos humanos por parte dos CTT, que, em vez de contratarem pessoas a título definitivo, contratam, por vezes, apenas por seis meses, havendo, assim, uma instabilidade permanente”.
O serviço de entrega de encomendas, “mais rentável”, está ainda a ser priorizado em detrimento da distribuição postal, indica a CIMRL.
“Face ao problema, e salientando que a distribuição postal é um serviço público indispensável para a população da região, em particular nos municípios e freguesias rurais, a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, remeteu comunicações à ANACOM, que superintende os serviços postais, bem como aos CTT, no sentido de alertar para a situação, e pedindo que sejam tomadas medidas urgentes com vista à rápida resolução do problema”, acrescenta a mesma nota.
O REGIÃO DE LEIRIA sabe que ontem, segunda-feira, houve vários constrangimentos informáticos que foram registados a meio tarde e que afetaram lojas de todo o país, tendo impedido durante algumas horas o registo de qualquer tipo de correio e a prestação de vários serviços.