Os deputados do PSD eleitos por Leiria questionaram de novo o Ministério da Saúde sobre os constrangimentos nos hospitais de Leiria e Caldas da Rainha, e exigiram saber que soluções existem para colmatar as falhas registadas em diferentes serviços.
Numa pergunta entregue na Assembleia da República e dirigida ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, os cinco parlamentares salientaram que, desde 29 de setembro, quando este assunto já tinha sido objeto de questão à tutela, o serviço de Urgência do Hospital de Santo André, em Leiria, continua, “de forma intermitente, a ver suprimidos serviços, alegadamente por falta de recursos humanos médicos”.
Elencando períodos em que os serviços de Obstetrícia, Pediatria e Cirurgia estiveram fechados, os cinco deputados sustentaram ser “inaceitável que os serviços de prestação de cuidados de saúde no hospital de Leiria não se encontrem devidamente garantidos, por força da constante ocorrência de constrangimentos resultantes da falta de recursos humanos”.
No documento, os parlamentares perguntaram a Manuel Pizarro se tem conhecimento destes constrangimentos por falta de recursos humanos e que “soluções serão adotadas para garantir que não haja falhas” naquelas especialidades, “para permitir a manutenção do serviço de Urgência do hospital de Leiria”.
Os sociais-democratas querem ainda saber se o ministro garante que a Obstetrícia “não vai entrar em espiral, encerrando todos os fins de semana e, quiçá, mais dias de semana até ao final do ano”, e se “está prevista a contratação de mais recursos médicos para o Hospital de Santo André, nomeadamente para reforço do serviço de Urgência Geral”.
Quanto ao hospital de Caldas da Rainha, os deputados, que no dia 4 também questionaram a tutela sobre os constrangimentos nesta unidade, explicaram que a Urgência Pediátrica continua a funcionar “de forma intermitente, como sucedeu neste fim de semana, que voltou a estar encerrada, alegadamente por falta de recursos humanos médicos, situação que obrigou ao ‘desvio’ dos utentes” para o hospital de Santarém.
Reiterando ser “absolutamente inaceitável que os serviços de prestação de cuidados de saúde no hospital das Caldas da Rainha não se encontrem devidamente garantidos”, o PSD alertou ainda que “poderá estar para breve o encerramento da Urgência Cirúrgica”.
O PSD pretende saber se o governante tem conhecimento destes constrangimentos na Urgência Pediátrica do hospital de Caldas da Rainha por falta de recursos humanos, que “soluções serão adotadas para garantir que não haja falhas” nas especialidades, se está prevista a contratação de mais recursos médicos e quando está prevista a abertura do serviço de Obstetrícia desta unidade hospitalar.
Valerio Puccini disse:
Portanto há um partido da oposição em Leiria e esta notícia deixa-me muito feliz. Analisando, um por um, os pontos sensíveis que afligem a cidade, dir-se-ia que a oposição deveria estar constantemente ocupada durante todo o dia, durante toda a semana, incluindo feriados. Entretanto, não seria errado lançar uma campanha séria de informação à população sobre as actividades que a oposição desenvolve no campo e especialmente na cidade. Os cuidados de saúde são certamente o aspecto mais delicado e mais carente, porque envolve a saúde dos cidadãos, mas não é o único aspecto sobre o qual se deve ser ouvido. Esta cidade é deixada ao bom coração das pessoas, o centro está cheio de casas abandonadas e dilapidadas e de montras desoladamente vazias. O trânsito está desprovido de qualquer regra e atenção da Polícia e ninguém se preocupa com o que poderá se tornar com o tempo, talvez não muito tempo, um grave problema para a convivência civil. Se um partido político governa assim, acredito que a oposição deveria aproveitar para propor um modelo diferente de convivência. O que nos diz uma sociedade sem controlo, onde não damos prioridade nas rotundas, não paramos nos sinais de stop, estacionamos nas calçadas e ao mesmo tempo nos orgulhamos de ser uma cidade que “acolhe” quem quem fará os trabalhos que os portugueses já não querem fazer… Que portugueses? Quem está procurando trabalho e não encontra? Ou aqueles que vão para o estrangeiro, privando o país dos melhores recursos? Ou talvez aqueles que sobrevivem com contratos a prazo, com duração de três meses seguidos…? Haveria certamente muito que fazer pela oposição e seria bom ouvir a sua voz na cidade com um pouco mais de frequência.