O presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (CNA-PRR), Pedro Dominguinhos, apontou a Semana de Moldes como exemplo para “mostrar a relevância das relações” entre diversas entidades para potenciar um sistema regional de inovação.
“Está a decorrer a Semana de Moldes e interessa-me mostrar a relevância das relações entre as diversas entidades. Se repararem, há sete ou oito agendas [mobilizadoras] com forte impacto na Região de Leiria e se há algo particularmente significativo são as relações que essas agendas e os parceiros estabelecem entre si”, explicou Pedro Dominguinhos em Leiria, numa sessão de apresentação da Rede Nacional de Test Beds.
No final da sua intervenção, na Associação Empresarial da Região de Leiria (Nerlei), esta terça-feira, dia 21, recordou aos jornalistas que “a Semana de Moldes tem uma forte tradição em Leiria, não estivéssemos nós numa das regiões fundamentais em termos desta indústria”, destacando a conferência INOV.AM – Inovação em Fabricação Aditiva, integrada na iniciativa, “naturalmente liderada por empresas da região”.
Para o presidente da CNA-PRR, “potenciar um sistema regional de inovação recomenda como fundamentais as relações económicas, de conhecimento, mas sobretudo geradoras de confiança entre os diferentes parceiros – empresas, universidades, politécnicos, incubadoras, associações empresariais, centros tecnológicos”. “Recordo que o Centimfe faz parte da agenda INOV.AM, sendo um centro tecnológico reconhecido na área dos moldes”, disse.
Por outro lado, “as agendas mobilizadoras têm também como objetivo desenvolver novos produtos e serviços que possam ser comercializados no mercado. E irão criar oportunidades, resultantes da sua investigação e testes de mercado. E pode existir a necessidade de algumas das empresas, que estão a testar produtos inovadores, terem protótipos”, acrescentou.
Para Pedro Dominguinhos, “fazer as ligações entre os diferentes atores, os diferentes instrumentos e os investimentos do PRR é particularmente relevante, porque existem instrumentos na região que permitem dar resposta a eventuais necessidades criadas pelo desenvolvimento de novos produtos, por exemplo, na área das agendas mobilizadoras”.
As “test beds” visam a disponibilização de infraestruturas e equipamentos por entidades que detêm capacidade instalada, para a prestação de serviços a Pequenas e Médias Empresas (PME) e a startups, que consistem na testagem e experimentação de produtos e serviços inovadores, em espaço físico ou virtual”.