Luís Santiago Baptista, docente da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), do Politécnico de Leiria, natural de Lisboa, recebeu o Prémio Fernando Távora 2023 com o projeto “Na Linha da Frente”, desenvolvido em parceria com a arquiteta Maria Rita Pais.
O projeto que representa “a arquitetura do bunker nas linhas de defesa da Europa Central” foi escolhido pelo júri, por unanimidade, porque “se apropria e reformula o próprio conceito de viagem, através da forma como os candidatos pensaram a relação com o território e a especificidade na aproximação a cada um dos lugares”, lê-se em comunicado enviado às redações.
A dupla de arquitetos explica na mesma nota de imprensa que o projeto propõe “um percurso pela Europa central realizado de automóvel e a pé”, revisitando as “estruturas mais belas e problemáticas da Segunda Guerra Mundial”.
“Os bunkers são fortificações militares defensivas, concebidas como pontos estratégicos de localização de material militar, proteção de pessoas e reserva de mantimentos. No entanto, são igualmente concebidos para possibilitar o ataque bélico. Por questões táticas, são habitualmente construções subterrâneas, ativando as tecnologias de construção mais resistentes e eficazes”, sublinham os arquitetos.
Luís Santiago Baptista e Maria Rita Pais foram premiados com uma bolsa de investigação no valor de 6 mil euros. O resultado desta investigação será apresentado em 2025.
Destinado a todos os arquitetos inscritos na Ordem, o Prémio Fernando Távora é uma homenagem ao trabalho do arquiteto que nasceu há 100 anos e morreu em 2005. Pretende valorizar o papel da viagem e do contato direto com outras culturas, na formação do arquiteto enquanto profissional.
