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Reconhecimento do sector é o “maior prémio” de 30 anos da Iber-Oleff

Até setembro deste ano, Joaquim Menezes revelou que a Iber-Oleff já alcançou 23,7 milhões de euros.

Joaquim Dâmaso

A Iber-Oleff assinala este ano 30 anos de crescimento contínuo e o reconhecimento da indústria do sector automóvel é o “maior e o melhor prémio”, disse à agência Lusa o presidente do Grupo Iberomoldes, Joaquim Menezes.

“Em 2010 tivemos a saída do nosso parceiro alemão, que foi em si uma infelicidade, mas por outro lado tivemos de ultrapassar o enorme desafio de nos redefinir e, principalmente, afirmar, tanto ao nível de engenharia/técnica e industrialização/produção, como ao nível comercial e financeiro, perante toda a indústria automóvel na Europa e Brasil, que hoje nos reconhece. Este reconhecimento é extremamente gratificante e em si próprio é o maior e melhor prémio destes 30 anos de atividade, assumiu Joaquim Menezes.

Sediada em Pombal, a Iber-Oleff, que integra o Grupo Iberomoldes, é uma das maiores empregadoras privadas naquele concelho do distrito de Leiria, com cerca de 470 pessoas, que representam 63% de um total das 750 pessoas do Grupo.

O volume de negócios em 2022 foi de 30,6 milhões de euros, o que representou um crescimento de 10% face ao ano anterior, quando a empresa alcançou um volume de negócios de 27,9 milhões de euros.

Até setembro deste ano, Joaquim Menezes revelou que a Iber-Oleff já alcançou 23,7 milhões de euros.

“Para 2023 temos uma projeção de encerramento do ano com uma faturação perto de 32 milhões de euros, um crescimento de cerca de 3,6%, que só não será superior pelas paragens que ocorreram, principalmente, no Grupo Volkswagen (Portugal, Espanha e Alemanha), por problemas nas respetivas cadeias de fornecimento”, explicou.

Com uma taxa de exportação direta de 64%, a empresa contabiliza uma taxa superior a 95% em exportações indiretas. Os principais mercados para onde a Iber-Oleff exporta os seus produtos são a Espanha, Alemanha, Áustria, Hungria e Itália.

A pandemia e a guerra foram alguns desafios que a empresa teve de enfrentar, sobretudo devido à “gestão das interrupções nas cadeias de fornecimentos” e ao “atraso nos projetos por parte de algumas das OEM [fabricantes originais de equipamentos] principais clientes”.

“A concorrência crescente tanto na Europa como vinda de fora, o que tem colocado muita pressão comercial nos negócios e em investimentos necessários para manter a nossa competitividade e avanço tecnológico na oferta e soluções que apresentamos” são outros obstáculos a ultrapassar.

Em maio, a Iber-Oleff Brasil foi vendida à CIE Automotive.

“O valor da operação de venda da participada servirá para continuarmos a consolidar o nosso desenvolvimento e posicionamento, com consistência, e expandir as instalações, reforçando a capacidade produtiva e tecnológica, bem como suportar os novos projetos, que se encontram em desenvolvimento”, adiantou, acrescentando que “foi uma operação que fez todo o sentido no ‘timing’ e oportunidades, para ambos os grupos”.

Olhando para o futuro, Joaquim Menezes afirmou que o grupo possui valências que “permitem abrir caminho para outros setores”.

“Estamos atentos às oportunidades que todos os dias se abrem, quer genericamente na mobilidade elétrica (onde estamos bem posicionados), quer nos dispositivos médicos, aeronáutica e eletrónica, onde estamos a evoluir de forma crescente”.

Em 2014, a Iber-Oleff equipou o Centro de Formação de Técnicos para a Indústria – Injeção e Transformação de Termoplásticos da Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal, uma ligação que foi reforçada com a participação no conselho de administração.

O presidente da Iberomoldes reconhece que a ligação às escolas permite “traçar um caminho pedagógico de aproximação entre o ensino e as crescentes necessidades tecnológicas e de desempenho, das empresas e indústria”, até porque a “formação profissional é um tema nunca terminado, mas uma necessidade permanente”.

O Grupo Iberomoldes tem também no Politécnico de Leiria “um parceiro estratégico”.

“Participamos a diversos níveis, formais e informais. Fizemos parte da comissão instaladora na sua fundação”.

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