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Saúde

Região de Leiria preocupada com “momento difícil” do Serviço Nacional de Saúde

O autarca da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria diz que está a acompanhar “com expectativa as negociações em curso entre os representantes dos profissionais e o Governo”.

A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) manifestou hoje preocupação com o “momento difícil” do Serviço Nacional de Saúde, considerando que se devem aguardar as negociações sem contribuir para aumentar o alarme social, disse hoje o seu presidente.

“A CIMRL encara com natural preocupação o momento difícil que o Serviço Nacional de Saúde enfrenta, em parte em resultado da escassez de profissionais de saúde, uma situação a que a Região de Leiria não é alheia”, afirmou Gonçalo Lopes, numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

Integram esta Comunidade Intermunicipal Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.

Gonçalo Lopes, também presidente da Câmara de Leiria, eleito pelo PS, disse ainda acompanhar “com expectativa as negociações em curso entre os representantes dos profissionais e o Governo”.

“Acreditamos que ambas as partes estão empenhadas em garantir as soluções que melhor sirvam a nossa população e em manter o nível de excelência do Serviço Nacional de Saúde, que é uma das grandes conquistas do nosso sistema democrático”, destacou o autarca.

Mais de 30 hospitais de norte a sul do país estão a enfrentar constrangimentos e encerramentos temporários de serviços devido à dificuldade de as administrações completarem as escalas de médicos.

Em causa está a recusa de mais de 2.500 médicos em fazerem mais do que as 150 horas extraordinárias anuais a que estão obrigados.

Esta crise já levou o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, a admitir que novembro poderá ser dramático, caso o Governo e os sindicatos médicos não consigam chegar a um entendimento.

As negociações entre sindicatos e Governo já se prolongam há 18 meses e há nova reunião marcada para sábado.

“Entendemos que neste momento devemos aguardar com tranquilidade o decorrer do processo negocial, sem contribuir para aumentar o ruído ou alarme social, em torno deste tema tão importante”, adiantou o presidente da CIMRL.

Quanto à situação do Centro Hospitalar de Leiria (CHL), o autarca expressou confiança “na capacidade tanto da administração quanto dos profissionais de saúde, na gestão dos recursos disponíveis, de forma a garantir o melhor serviço possível à população”.

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