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Concelhia do PSD discorda da opção Leiria-Gare para estação de alta velocidade

Para a concelhia de Leiria, a opção Leiria-Gare “traz impactos diretos sobre 66 edificados familiares e empresariais, em termos de ruídos e vibrações afeta 140 habitações”.

imagem de duas composições de comboio de alta velocidade

A concelhia de Leiria do PSD discorda da opção Leiria-Gare para a estação de Alta Velocidade, já que a considera como a mais dispendiosa e a que apresenta fortes impactos negativos.

“O PSD Leiria entende que a solução Gândara [Leiria-Gare], para além de ser a mais dispendiosa e de ter fortes impactos negativos, não salvaguarda uma visão de futuro sustentável para o concelho e para a cidade, na medida em que é limitadora e faz aumentar as tensões urbanas”, segundo uma nota de imprensa divulgada na quarta-feira à noite.

Para a concelhia de Leiria, “tal opção traz impactos diretos sobre 66 edificados familiares e empresariais, em termos de ruídos e vibrações afeta 140 habitações, exige maiores alterações morfológicas do território mediante a construção de viadutos, túneis e pontes, produz impactos hidrográficos e reduz a velocidade média e frequência dos comboios, podendo, assim, condicionar a oferta de serviços” de Alta Velocidade em Leiria.

No dia 21, a Câmara de Leiria anunciou que duas localizações para a estação da Alta Velocidade em Leiria, a requalificação da estação Leiria-Gare ou a construção de uma nova, na Barosa, estão em estudo, sendo que nos dois casos se está “perante estações conjuntas para a Alta Velocidade e a Linha do Oeste”.

“No caso da atual estação [Leiria-Gare], um dos aspetos positivos será o contributo para a requalificação daquela área e a proximidade à cidade”, adiantou na ocasião a Câmara, considerando, contudo, que “esta solução tem um forte efeito sobre o edificado existente, além de representar um aumento no tempo das viagens e de ter condicionantes ambientais”.

Já relativamente à alternativa Barosa, “trata-se de uma solução que terá um maior impacto para a região, mas implica o desenvolvimento de soluções que garantam uma conectividade eficaz à cidade, não apenas no que diz respeito à Alta Velocidade, mas também à Linha do Oeste, que passaria a utilizar a mesma estação”, esclareceu a autarquia presidida por Gonçalo Lopes (PS).

Na nota de imprensa, a concelhia social-democrata explicou que a solução de construção da estação de Leiria na Barosa “atravessa solo maioritariamente florestal e, por consequência, produz menores impactos negativos”.

“Esta solução tem um significativo menor impacto em núcleos residenciais, pela sua aproximação potencializa o desenvolvimento de polos de atividades económicas já existentes, e numa visão estratégica de médio e longo prazos pode ser fator de desenvolvimento económico e de crescimento urbano”, sustentou o PSD.

A concelhia de Leiria defendeu que “importa, desde já, acautelar a construção/reconfiguração de infraestruturas essenciais, como sejam as ligações rodoviárias, devendo equacionar-se a ligação à cidade de Leiria através de metro de superfície”.

Na mesma nota, o partido sustentou ainda que “a discussão pública sobre as soluções do traçado deve contemplar a otimização e minimização dos impactos ambientais, sociais, económicos e morfológicos no território, salvaguardando uma solução de equilíbrio entre a sustentabilidade e a eficiência do projeto”.

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