Quando completou a quarta classe, o pai ofereceu-lhe umas calças. Mário Matias gostou, mas não percebeu de imediato o alcance do gesto. Em tempo de frio ou de calor, os calções eram a indumentária habitual. No entanto, para o que Armindo Matias pretendia, calções não eram toleráveis. “Aquela prenda trazia um recado, ele dava-me as calças compridas para eu ir trabalhar”. E Mário Matias, com apenas 11 anos, foi.
“Tomei consciência, mesmo em garoto, de que a vida era um sacrifício”
De moço de recados a presidente do conselho de administração da Caixa Agrícola de Leiria, a vida de Mário Matias é feita de muitas vitórias, mas também de muitos sacrifícios e sempre de muito trabalho.