O produtor AdegaMãe anunciou na semana passada que os vinhos Inclusus, que contam com o contributo de jovens reclusos do Estabelecimento Prisional de Leiria (EPL-Jovens), num projeto valorização de competências profissionais, já estão disponíveis no mercado, no total de duas mil garrafas.
A iniciativa nasceu em 2018, renova-se a cada ano e os vinhos da colheita de 2022 podem agora ser encontrados na loja localizada junto à portaria do EPL-Jovens e na AdegaMãe.
A diretora do estabelecimento prisional, Joana Patuleia, destaca a “importância dos mecanismos de formação e valorização profissional, enquanto ferramentas que contribuem para o sucesso da reinserção social dos jovens”.
“A parceria com a AdegaMãe é muito importante, porque estamos a dotar os jovens de novas competências e, ao mesmo tempo, a criar uma marca, Inclusus, que honra o empenho que colocam no projeto”, afirma.
Por seu turno, o diretor-geral da AdegaMãe, Bernardo Alves, destaca “a enorme satisfação” da empresa em associar-se ao EPL-Jovens e “contribuir para o trabalho de reinserção social que está a ser desenvolvido”.
Por ocasião da vindima estão envolvidos “cerca de 20 a 30 jovens reclusos”. O estabelecimento tem duas centenas com idades entre os 16 e os 25 anos, de todo o país.
Entretanto, estão em preparação os vinhos da vindima de 2023, que também têm origem em vinhas da Quinta Lagar d’El Rei, em Leiria, uma área sob administração do EPL-Jovens, onde se encontram seis hectares em produção. Após a colheita, a vinificação é feita na AdegaMãe, em Torres Vedras – onde os jovens participaram em diversas ações de formação.
A colheita deste ano, e 21.500 litros, será colocada no mercado em 2024, numa estimativa de 1.500 garrafas de vinho branco e 1.900 garrafas de vinho tinto, ficando o restante disponível nas embalagens “bag-in-box”.