Num dia se ganha, num dia se perde. É assim o Dakar e 2024 não é novidade. A etapa de hoje foi penosa para João Ferreira, que vinha de dois triunfos consecutivos e esta terça-feira foi 17º classificado e está a mais de uma hora do líder dos SSV. Ricardo Porém também caiu na geral na categoria Challenger.
Um problema na bomba de gasolina atrasou o piloto João Ferreira, quem sabe irremediavelmente, da luta pela vitória na mítica prova de todo-o-terreno. Demorou cerca de uma hora para resolver o problema e depois entrou em modo ataque, conseguindo ser o mais rápido na especial na segunda metade da tirada que uniu Ha’il a Al Ula.
“Não há muito a dizer. Demos o nosso melhor ao longo dos últimos dias e hoje não fizemos diferente. Esta corrida tem destas coisas e temos de saber viver com isso. Não vou deixar de dar o melhor até porque estamos inscritos no W2RC, Campeonato do Mundo de Rally Raid, e neste momento somos quem soma mais pontos. O objetivo de vencer o Dakar ficou mais longe, mas temos outras metas que ainda queremos atingir este ano. Não vamos baixar os braços até ao final”, afirmou o jovem de 24 anos, que agora ocupa o 5.º lugar da geral a cerca de uma hora de Xavier de Soultrait.
Nos Challenger, Ricardo Porém terminou na sétima posição, fruto de uma quebra na corrente, e perdeu um lugar na classificaçãoz, para sétimo.
A maratona continua para a dupla luso argentina, Ricardo Porém – Augusto Sanz. Depois de uma etapa onde um ligeiro atraso logo após o arranque comprometeu um resultado mais positivo, a dupla da MMP Competition acabou por tombar um lugar na classificação, passando agora a ocupar o 7.º lugar na Geral dos Challenger.
“Partimos para esta etapa com alguma pressão por parte do nosso adversário mais direto, que já ontem havia feito uma belíssima etapa. O facto de ser saudita ajuda-o na leitura do terreno e acabámos por não resistir ao ataque, também fruto de termos partido uma correia e termos sido obrigados a trocar a mesma na etapa. Felizmente, a corrida só acaba na próxima sexta-feira e até lá temos três etapas para mostrar a nossa raça. Aproximam-se dias duros e de muita pedra onde todos os detalhes vão contar. Vamos continuar a acreditar no top5”, disse o piloto que faz dupla com o argentino Augusto Sanz, na MMP Competition.
Amanhã, na etapa 10, os participantes vão ter uma especial com 609 km, 371 km cronometrados, numa etapa inteiramente disputada em AlUla. Esta região montanhosa, conhecida pela Elephant Rock, vai proporcionar um percurso técnico que vai colocar à prova as habilidades de condução dos participantes.