Uma queda numa duna podia ter provocado males maiores na etapa de hoje, quarta-feira, no rali Dakar a João Ferreira. No entanto, o piloto leiriense beneficiou do atraso significativo do líder dos SSV e segurou o 7.º lugar na geral.
Depois da vitória de ontem, a segunda da dupla João Ferreira/Filipe Palmeiro, a equipa perdeu algum tempo devido a um “queda” de uma duna, onde acabou por partir um braço do veículo e terminou a etapa na 12.ª posição, a 17 minutos do mais rápido de hoje.
“Estamos tristes e desapontados com o desfecho da etapa, porque vínhamos num ritmo muito bom, a ganhar confiança nas dunas e a recuperar mais tempo para a frente, mas o Dakar é assim. Caímos literalmente de uma duna, partimos um braço traseiro no Can-Am e fomos forçados a parar para trocar. É um grande balde de água fria, principalmente depois da recuperação que vínhamos a fazer”, afirmou o piloto de 24 anos.
Já Ricardo Porém, navegado pelo argentino Augusto Sanz, realizou hoje a primeira etapa 100% de dunas do Dakar com tranqualidade e terminou na 13.ª posição, lugar que ocupa também na classificação geral dos Challenger.
“Chegou a imensidão de areia e tivemos uma etapa dentro do normal, com muitas dunas e ervas de cabelo, mas cá estamos no final. Amanhã arranca a grande novidade deste ano, a etapa 48 horas, portanto vamos à luta, como temos vindo a fazer até aqui”, explicou.
Amanhã, o Dakar terá uma novidade: uma etapa maratona de 48 horas.
As motos e carros que abrem a etapa vão seguir um percurso diferente, tornando a navegação mais desafiadora, especialmente com alguns pontos de referência escondidos ao longo da pista.
Os pilotos terão apenas até às 16 horas para avançar o máximo possível na etapa antes de se dirigirem a um dos oito bivouacs preparados pela organização. No acampamento, terão acesso a mantimentos mínimos e materiais de acampamento, enquanto as “máquinas” ficam guardadas até a manhã seguinte, sem assistência.