Chegou hoje ao fim a edição de 2024 do rali Dakar. A 12ª etapa coroou os mais rápidos nas diversas categorias e representou também um momento de balanço face aos objetivos apresentados no arranque em Al Ula, a 5 de janeiro.
Com dois leirienses em prova, nos últimos dias, foram muitos os que acompanharam, à distância, o desempenho dos pilotos que, apesar de terem ficado a um pequeno passo de alcançar o seu objetivo, conseguiram feitos importantes nesta edição da prova.
João Ferreira, com o navegador Filipe Palmeiro, terminou hoje em segundo lugar e segurou a quinta posição da geral.
Com oito presenças no pódio, a dupla conseguiu três medalhas de vencedor de etapa, registo que não foi igualado por mais nenhum piloto da categoria SSV.
A participar também no campeonato do mundo de todo o terreno, João Ferreira é terceiro classificado após a primeira ronda, com um total de 73 pontos, menos 18 que o líder da tabela classificativa, Yasir Seaidan.
“Naturalmente não podemos estar felizes quando o nosso objetivo era o de vencer. Fizemos uma prova menos regular do que o que esperávamos e isso acabou por nos prejudicar no resultado. Ainda assim, tiramos boas ilações, vencemos várias etapas, mais do que qualquer piloto da nossa categoria, o que comprova que somos rápidos e que temos condições para lutar por vitórias. O próximo desafio é o Abu Dhabi Desert Challenge que naturalmente queremos vencer”, adiantou o leiriense.
O Dakar é a primeira de cinco rondas que compõem o W2RC – Campeonato do Mundo de Todo-o-Terreno, em 2024. A próxima ronda é o Abu Dhabi Desert Challenge que se disputa entre os dias 25 de Fevereiro e 2 de Março. As restantes provas são o BP Ultimate Rally Raid, Desafio Ruta 40 e Rallye du Maroc.
Em Challenger, Ricardo Porém teve um etapa marcada por problemas mecânicos e só chegou a Yanbu na 29ª posição, o que o fez cair um lugar na geral, para oitavo.
Terminar o Dakar é sempre uma vitória, mas o objetivo do top5 ficou por concretizar para o experiente piloto leiriense, de 34 anos, que participou pela quinta vez no Dakar.
“Foi um grande balde de água fria. Sabíamos que para cumprir o nosso objetivo tínhamos de ter alguma sorte e, na verdade, acabámos por ter algum azar. O carro teve problemas mecânicos no último dia, depois de se ter demonstrado fiável ao longo das últimas 11 etapas. As corridas são assim, mas é bastante frustrante terminar a prova assim. Vamos refletir e ver os próximos passos e os próximos desafios para esta temporada”, disse Ricardo Porém, no final.
Ricardo Porém vai trabalhar para continuar a participar em provas do Campeonato do Mundo em 2024, aproveitando o facto de uma das quatro provas restantes ser realizada em Portugal, em abril.