Aquela que foi a terceira e última sessão pública de apresentação do Relatório Preliminar do Novo Aeroporto de Lisboa pela Comissão Técnica Independente (CTI), que decorreu esta quinta-feira na Casa do Campino, em Santarém, prometia ser diferente de todas as outras. De um lado, autarcas, cidadãos, dirigentes associativos e promotores do projeto Magellan 500, de orgulho ferido perante a publicação do primeiro relatório que, de entre as opções estratégicas, considera inviável a opção do centro do país para a construção de um aeroporto que permitisse substituir totalmente a operação do atual aeroporto Humberto Delgado, avaliação essa baseada num estudo da NAV, entidade pública empresarial que garante a prestação dos serviços de tráfego aéreo, que alerta para a “proximidade e posição relativa das áreas militares vizinhas”, nomeadamente com o bloco de espaço aéreo de Monte Real, que é uma área de utilização NATO, que “ apresenta à partida maiores constrangimentos de espaço aéreo”, permitindo por essa mesma razão apenas 24 movimentos por hora, insuficiente para o ambicionado hub intercontinental. Do outro, uma comissão pronta a defender o trabalho realizado, a esclarecer as avaliações feitas e a relembrar que a decisão é política, sendo o relatório um instrumento de avaliação.
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