A festa da Taça da Liga voltou ao estádio de Leiria, pelo quarto ano consecutivo, com mais de 18 mil adeptos a assistir à vitória do Sp. Braga, por 1-0.
O marcador só desbloqueou na segunda-parte, para desespero dos adeptos sportinguistas que viram, nos primeiros 45 minutos, a bola ir por três vezes ao ferro da baliza bracarense.
O Sporting, atual líder do campeonato, entrou melhor na partida, controlou a bola e esteve particularmente irrequieto, perante um Sp. Braga que estava com dificuldades em chegar à baliza adversária e só por duas vezes incomodou o guarda-redes Israel, no primeiro tempo, contra 11 remates do Sporting.
Pedro Gonçalves “Pote” foi o autor do primeiro momento do jogo. O médio, talvez inspirado pelas ondas da Nazaré que ontem receberam o campeonato do mundo de ondas gigantes, rematou a cerca de 30 metros da baliza e acertou na barra. O guarda-redes minhoto estava batido, mas o susto não passou disso mesmo.
Nuno Santos não lhe ficou atrás e atirou duas bolas também aos ferros. Primeiro, na sequência de um canto, aproveitou um ressalto e mandou à barra. Depois, já em cima do intervalo, tentou o remate de trivela, mas a bola insistia em bater nos ferros, contrariando as ambições da equipa leonina.
Com um minuto de tempo de compensação, e depois de ter avisado Matheus, guarda-redes do Sp. Braga, por estar a perder tempo na reposição da bola em jogo, o árbitro Nuno Almeida acabou por mandar as equipas para o balneário, sem deixar os minhotos converter um livre.
A Liga Portugal anunciou, esta terça-feira, que os bilhetes da meia-final tinham esgotado, mas eram visíveis várias manchas de cadeiras vazias no topo sul e na área que estava reservada para as claques do Sp. Braga. Estiveram no estádio Dr. Magalhães Pessoa, com capacidade para 23 mil pessoas, 18.504 espectadores.
À semelhança do que tem acontecido nos restantes encontros de futebol a nível nacional, a primeira parte ficou ainda marcada pelo cântico do hino nacional, ao minuto 25, por algumas dezenas de polícias presentes nas bancadas, em sinal de protesto.
Pedro Gonçalves, Trincão e Gyökeres continuaram a provocar dores de cabeça à defesa bracarense no segundo tempo, com uma toada num só sentido, mas sem eficácia.
E se, de um lado, desperdiçavam oportunidades, do outro concretizavam. Abel Ruiz, que tinha entrado há cinco minutos para o lugar de Pizzi, recebeu um cruzamento e de cabeça, inaugurou o marcador.
O Sporting sentiu o golo e teve uma quebra de desempenho, com passes errados e lances perdidos. Até ao final, o jogo apenas ganhou mais faltas e perdeu lances de destaque, terminando com um só golo no marcador.
O Sp. Braga, que já venceu a competição por duas vezes, volta a uma final da Allianz Cup quatro anos depois.
Amanhã, dia 24, o Estoril Praia defronta o Benfica, e sábado, dia 27, acontece a final. Os jogos estão marcados para as 19h45.
Evento inclusivo
A Fundação do Futebol – Liga Portugal promoveu uma iniciativa que permitiu tornar a final four da Allianz CUP um evento ainda mais inclusivo. Os jogos que decidem o “campeão de inverno” têm audiodescrição disponível para adeptos com deficiência visual.
Os adeptos com deficiência visual que assistiram ao encontro nas bancadas podiam acompanhar o jogo com “um relato altamente descritivo do que se passa no relvado, que lhes chegará através de um rádio oferecido pela Fundação do Futebol”.
A frequência da emissão será 89.8. Quem seguir os desafios à distância terá também acesso à audiodescrição, através da internet, disponível AQUI.
No início da primeira meia-final, os hinos dos clubes foram também traduzidos em língua gestual nos écrans do recinto.
A iniciativa vai repetir-se nos próximos encontros da Taça da Liga em Leiria.
Amanhã, dia 24, o Estoril Praia defronta o Benfica, e sábado, dia 27, acontece a final. Os jogos estão marcados para as 19h45.