A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) propõe seis medidas prioritárias neste próximo ato eleitoral para a Assembleia da República, com o intuito de “mitigar os efeitos perversos da excessiva afetação de recursos às grandes áreas urbanas” e “acelerar a transição para áreas consideradas centrais para o desenvolvimento dos territórios”.
Saúde, mobilidade, acessibilidades, empresas, ambiente e florestas são os temas em destaque no documento lançado pela CIMRL, que prevê uma despesa de 160 milhões de euros no total das medidas propostas.
Na área da saúde, a CIMRL considera prioritário atrair profissionais de saúde, aproximar os serviços e reduzir o número de utentes sem médico de família. “Devem ser criadas condições financeiras para, nesta fase, assegurar uma estratégia intermunicipal de suporte habitacional aos profissionais de saúde, incluindo a quantificação dos investimentos necessários e a identificação das opções de financiamento, priorizando o recurso a programas de financiamento comunitário, nomeadamente ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR)”, defende a Comunidade.
No que diz respeito à mobilidade, a CIMRL defende que a segunda fase da Linha de Alta Velocidade deve ser antecipada e o concurso lançado “logo que concluídos os estudos de avaliação ambiental”. A Linha de Alta Velocidade deve ser “articulada com a modernização da linha do Oeste, cuja dotação financeira se encontra inscrita no Plano Regional do Centro”.
A conclusão dos investimentos previstos no Plano Rodoviário Nacional, especialmente as intervenções nas ligações rodoviárias do IC 8 (Pombal-Avelar), do IC9 (ligação à A1) e a conclusão da requalificação da EN 1 (Leiria/Pombal), são aspetos prioritários para a CIMRL no âmbito das acessibilidades.
Outras medidas reclamadas por esta entidade são condições de apoio e financiamento e reforço dos serviços de apoio à internacionalização e competitividade das empresas, “preconizando a instalação do HUB Logístico de Leiria, com vocação para empresas exportadoras e mercado ibérico”.
Na área do ambiente, a CIMRL defende projetos inovadores de tratamento e valorização de resíduos de efluentes de suinicultura, avicultura, matadouros, águas ruças de lagares e/ou outras agroindústrias; assim como o reforço da dotação do Fundo Ambiental para os investimentos ao nível da descarbonização dos transportes públicos e transportes de mercadorias.
A CIMRL defende ainda “que é tempo para o Estado português, através do Governo e da Assembleia da República, assumir uma posição definitiva sobre a instalação e financiamento do Museu Nacional da floresta, um importante objetivo indissociável da recuperação do Pinhal de Leiria e da valorização do conhecimento, memória, património natural, físico e imaterial da floresta portuguesa”.
(Notícia corrigida às 18h50 de 12 de fevereiro de 2024 com a retificação do número de medidas propostas pela CIMRL)
