Duas dezenas de propostas passam pelos espaços do Teatro Municipal de Ourém (TMO) em abril, numa programação reforçada para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, anunciou a sala de espetáculos.
Um dos momentos altos será o concerto da Big Band do Município da Nazaré com o cantor João Afonso, para interpretarem no dia 20 de abril o cancioneiro da revolução com arranjos para orquestra de jazz.
Para famílias, a companhia Estórias com Asas leva ao TMO no dia 21 de abril “Era uma vez um país a preto e branco: Estórias de Abril”, espetáculo criado a partir de factos históricos, registos fotográficos e testemunhos reais, que convida a refletir sobre a fragilidade da liberdade conquistada.
Ao longo do mês, a Sala Estúdio do TMO abre às terças-feiras para mostrar oito filmes integrados no ciclo “Liberdade a sério”.
Inspirado na música “Liberdade” de Sérgio Godinho, o ciclo dedica cada uma das sessões a Paz, Habitação, Saúde e Educação e começa com “Nação valente”, de Carlos Conceição, no dia 2 de abril.
Ao longo do mês são exibidos “A lei da terra”, do Coletivo Grupo Zero, as curtas-metragens “O preço do trigo”, de D.W. Griffith – que terá acompanhamento musical de Daniela Antunes -, “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado, “Continuar a viver ou Os Índios da Meia-Praia”, de António da Cunha Telles, “Porto, 1975”, de Filipa César, “Pára-me de repente o Pensamento”, de Jorge Pelicano, e “Ser e ter”, de Nicolas Philibert.
Extra-ciclo, o TMO mostra no dia 21 de abril o documentário “Viva Portugal”, em que Malte Rauch, Christiane Gerhards, Samuel Schrimbeck e Serge July fazem um retrato de Portugal no primeiro ano após a revolução.
Em associação com a Festa do Livro 2024 de Ourém, o teatro acolhe vários espetáculos que também evocam a liberdade.
Um deles é a performance “TINAToNAToA”, de Margarida Mestre, que no dia 17 de abril convida o público escolar a discutir o que “ocupa o pensamento, o que tira a liberdade, entre outras questões que afetam a realidade dos adolescentes”.
“Não”, de Giacomo Scalisi, que nasce de um diálogo com o escritor Afonso Cruz, chega a Ourém no dia 22 de abril, abordando a importância de pensar em liberdade.
Também o Teatro do Bolhão vai ao TMO no dia 23 de abril com “Uma ideia de justiça”, espetáculo sobre conceitos como injustiça, diversidade, escolha, igualdade e liberdade.
Ainda no âmbito da Festa do Livro, e assinalando os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, o ator António Fonseca apresenta aos alunos de Ourém “Os Lusíadas de Lisboa à Índia” no dia 15 de abril, e a companhia Coração nas Mãos homenageia os contos simples e sonhadores em “Estórias do Tiroleu e da Nau Catrineta”, no dia 18 de abril.
Em estreia nacional, a Formiga Atómica revela no TMO, no dia 06 de abril, “Terminal (o estado do mundo”. A partir de texto de Inês Barahona e Miguel Fragata, e após extensa pesquisa no território, a companhia revela em Ourém o segundo espetáculo de um díptico em torno da crise climática. Com o elenco, estarão em palco Hélder Gonçalves e Manuela Azevedo, dos Clã.
Outra estreia será “Piripíri extra forte”, nova produção do Grupo de Teatro Juvenil do TMO que é dada a conhecer nos dias 12 e 13 de abril.
Por fim, nos dias 27 e 28 de abril, para assinalar o Dia Mundial da Dança, “A viagem” de Filipa Francisco vai até à sala de espetáculos de Ourém, palco do encontro entre a dança contemporânea e a dança tradicional, num exercício que envolve o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Fátima.