O etnógrafo e historiador José Travaços Santos é homenageado no domingo com a inauguração de um monumento na Batalha, no distrito de Leiria, numa iniciativa que assinala décadas de vida dedicadas à tradição e ao património, especialmente na defesa do Mosteiro da Batalha.
Com 93 anos, Travaços Santos “é uma referência na região” e “é reconhecido a nível nacional e, em algumas áreas, a nível internacional”, destacou o presidente do Centro do Património da Alta Estremadura (CEPAE), Adélio Amaro.
“José Travaços Santos tem um percurso imenso, editou vários livros, fez pesquisas no terreno, ajudou imensos grupos de folclore. É também apaixonado pela história, tendo o Mosteiro da Batalha como o seu ‘ex libris’ de vida, do qual sabe a história como ninguém”, acrescenta.
A homenagem, promovida pelo CEPAE com um grupo de amigos e a colaboração do município da Batalha e do Rancho da Rosas do Lena, da Rebolaria, serve para “relembrar o trabalho que desenvolveu”.
A iniciativa surge agora porque “não se pode esquecer este mestre com 93 anos”, cujo “legado que tem deixado tem sido imenso”.
O trajeto do investigador foi reconhecido em 2012, com a atribuição do Óscar Mundial do Folclore, pela União Internacional das Federações dos Grupos de Folclore, o que “mostra a sua importância no mundo da etnografia”.
Além disso, Travaços Santos “é uma referência nacional, todos os grupos no país praticamente conhecem o trabalho dele”, sendo que “outros conhecedores e investigadores dentro da área da antropologia, da etnografia, vieram ‘beber’ às suas pesquisas”.
A homenagem inclui uma exposição, já patente no Posto de Turismo da Batalha, e, no domingo, um almoço e, às 15h30, a inauguração na Praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, de um monumento dedicado a José Travaços Santos, da autoria do artista Rui Basílio.