O Estádio Municipal de Leiria prepara-se para receber, a 14 de setembro, a maior banda de rock do mundo, a Rockin’1000, composta por mil músicos de todo o mundo, que atuarão em simultâneo no relvado do recinto desportivo.
No concerto com duração estimada de duas horas, o grupo irá apresentar-se com 200 bateristas, 300 guitarristas, 200 baixistas, 50 teclistas e 250 cantores que interpretarão 20 clássicos do rock internacional e português.
O espetáculo foi anunciado na manhã desta quinta-feira, 18 de abril, literalmente naquele que será o palco da iniciativa: “Este é um estádio que parece que foi feito para além do futebol, para concertos de música, e tem infraestruturas que não são fáceis de encontrar em outros estádios em Portugal”, afirmou o diretor executivo da promotora MOT – Memories of Tomorrow, responsável pelo evento.
Tiago Castelo Branco considera que “quem conhece Leiria, o rock e a música, sabe que a cidade tem uma grande ligação e história no rock e na música em Portugal”. “Costumo dizer que fazer um festival de fado teria de ser em Lisboa, mas fazer um festival de rock teria de ser em Leiria”, sublinhou.
A plataforma da Rockin’1000 tem já 70 mil músicos inscritos de todo o mundo e esta será a primeira vez que atuará em Portugal, apresentando músicas de bandas como AC/DC, Metallica ou Queen.
O projeto começou na cidade de Cesena, em Itália, quando os mil artistas interpretaram o tema “Learn To Fly”, da banda Foo Fighters, desafiando-a a viajar até àquela pequena cidade para um concerto. O vídeo no Youtube reúne mais de 64 milhões de visualizações.
Para o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, “esta é uma oportunidade de afirmar Leiria como um palco de espetáculos, no Estádio Municipal, desta dimensão”.
“Para além de ser único e o primeiro evento a realizar-se em Portugal com este tipo de produção, que ultrapassa aquilo que é imaginável nos concertos alguma vez feitos no país, estamos a falar não só de mil músicos, mas de um conjunto de material técnico que terá de vir de vários pontos do país e do estrangeiro para garantir a sua produção”, acrescentou.
O autarca admite que “colocar Leiria no patamar de São Paulo, Madrid, Frankfurt ou Roma é um desafio não só do Município, mas também do país para que todas as condições do espetáculo decorram conforme já aconteceu nessas cidades importantes do mundo”.
O Município é copromotor do evento, sendo “o principal custo a cedência do estádio”, mas também questões relacionadas com segurança e logística.
No entanto, Gonçalo Lopes espera que o “retorno financeiro desse investimento passe pela atividade económica que vai gerar com o alojamento, alimentação, comércio e notoriedade”, não só em Leiria, mas também nos concelhos vizinhos.
“Leiria sempre foi uma cidade de muitos músicos, de grandes bandas ligadas a diversos estilos musicais e, por isso, achamos que temos a massa crítica e o ecossistema suficientes para poder acolher este evento”, conclui.
Os mil artistas ocuparão todo o espaço útil do relvado e a logística poderá aproximar-se de “um inferno técnico”, disse Tiago Castelo Branco, acrescentando que será “um enormíssimo desafio a nível logístico porque todos os músicos estarão, efetivamente, a tocar”.
A iniciativa vai envolver várias empresas de Portugal e do mundo inteiro, da indústria da música, que juntas vão replicar o trabalho que já foi feito noutras cidades.
Está prevista ainda a participação de um músico convidado português, que deverá ser revelado em breve, bem como a lista de músicas que será ouvida no Estádio Dr. Magalhães Pessoa.
Para já, os interessados em fazer parte da banda podem inscrever-se até 15 de maio na plataforma https://rockin1000portugal.pt/, onde estão também disponíveis os bilhetes para o espetáculo, a partir dos 45 euros.
