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Cultura

Festival Cistermúsica regressa em junho a Alcobaça com ênfase na “Liberdade”

A 32.ª edição do festival arranca a 28 de junho, sob o mote “Intemporal”.

Davide Silva

O Cistermúsica – Festival de Música vai decorrer em Alcobaça, entre 28 de junho e 3 de agosto, numa edição que, sob o mote “Intemporal” assinala seis efemérides da música clássica e dá especial ênfase à temática da “Liberdade”.

Na sua 32.ª edição, o Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça assinala, em 2024, os 100 anos de nascimento de Joly Braga Santos, os 150 anos de Gustav Holst e de Arnold Schönberg, os 200 anos de Anton Bruckner e ainda os 100 anos da morte de Giacomo Puccini e de Gabriel Fauré.

Sob o mote “Intemporal”, o festival refletirá “a inegável dimensão universal da música que se espelha não só na qualidade e diversidade dos agrupamentos e artistas, mas também no contraste de estilos que contribuem para a riqueza do programa”, divulgou a ABA – Banda de Alcobaça, Associação de Artes, organizadora do evento dedicado à música clássica.

Numa nota à imprensa a ABA divulgou a programação, que integra mais de 40 concertos, dos quais se destaca, logo no primeiro dia de festival (28 de junho), o célebre “Requiem” de Fauré, a apresentar na Nave Central do Mosteiro de Alcobaça, pela Orquestra Melleo Harmonia e o Coro Ricercare, sob direção musical de Joaquim Ribeiro, com a soprano Patrycja Gabrel (Polónia) e o barítono André Baleiro, como solistas.

Nesta edição o festival dará, segundo a organização, “especial ênfase” à temática da “Liberdade”, com programas como o bailado “Requiem – a única censura que deveria existir é censurar a censura”, da companhia Dança em Diálogos.

Ainda nesta temática, destaque para o concerto pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, que inaugura o palco da Cerca com o programa “Música e Revolução”, ou e para a atuação da Orquestra Filarmónica Portuguesa, também dedicada ao cinquentenário da Revolução do 25 de Abril.

Entre recitais, ensembles vocais e grupos instrumentais, o Cistermúsica 2024 apresenta ainda mais dois grandes concertos sinfónicos: um pela Orquestra XXI e outro pela Alto Minho Youth Orchestra, refere a nota à imprensa.

À semelhança do que aconteceu na passada edição, o festival volta este ano a apresentar “Música no Feminino”, no âmbito do compromisso artístico definido para o ciclo de programação 2023/26, que se estende “por vários programas, dando a conhecer intérpretes e compositoras de referência”.

Mantendo o foco na música erudita, o Cistermúsica continua a aposta na transversalidade da programação, de forma “a alcançar vários tipos de público através de uma diversidade de estilos como o jazz, bossa nova e world music”, explica a ABA, acrescentando manter, também, “a aposta no palco do Bosque, um espaço fora de portas, aberto à cidade e num ambiente mais descontraído que o habitualmente encontrado nas salas de espetáculos convencionais”.

Organizado pela ABA – Banda de Alcobaça, Associação de Artes, o Cistermúsica tem o apoio do Ministério da Cultura/Direção-Gearl das Artes, a parceria estratégica do município de Alcobaça (no distrito de Leiria), a parceria institucional do Mosteiro de Alcobaça/Museus e Monumentos de Portugal, sendo o BPI /La Caixa o Mecenas do Festival.

Distinguido este ano nos Iberian Festival Awards, o festival tornou-se, em 2019, membro da European Festivals Association (EFA), a mais antiga e importante plataforma de festivais de arte da Europa.

Antes disso, em 2015, foi-lhe atribuído pela EFA o selo EFFE “Remarkable Festival”, uma distinção concedida pela qualidade artística, pelo seu envolvimento com a comunidade e pela abertura internacional.

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