A música é de Fernando Lopes-Graça, o mote de Julião Sarmento e os textos de Cláudia Lucas Chéu, Ondjaki e Elmano Sancho. A “receita” da companhia Dança em Diálogos para celebrar os 50 anos do 25 de Abril combina “Requiem, pelas vítimas do fascismo em Portugal” do compositor, a frase “A única censura que deveria existir é censurar a censura” do artista plástico e quadros narrativos sobre a Revolução de Abril dos três autores. O resultado em forma de dança estreia em Leiria, no Teatro José Lúcio da Silva, este sábado, dia 13 (21h30, 10 euros, M12).
O espetáculo que celebra meio século de democracia “traz em si mesmo a dimensão e o peso da memória”, refere Fernando Duarte, coreógrafo e, com Solange Melo. um dos diretores artísticos da Dança em Diálogo.
Através da dança contemporânea, “Requiem” propõe “várias visões do que pode significar o tema de liberdade”, recorrendo a quadros e metáforas: uma envolve a cadeira enquanto elemento determinante para o afastamento do poder do ditador Salazar.
“Mais do que tudo, temos de sentir-nos atores e participantes dessa celebração”, frisa o responsável da companhia que também tem andado pelo país, e por cá, a apresentar em escolas o espetáculo para a infância “50x25_coeficiente de Liberdade”.
Depois de Leiria, onde “Requiem” é apresentado no âmbito do festival Música em Leiria, o espetáculo vai a Loulé, Alcanena, Bragança, Famalicão, Torres Novas e Coimbra.
