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Teatro

Encontro de Teatro na Escola reúne mais de 150 alunos e professores nas Caldas da Rainha

Até domingo, há dezenas de atividades, entre oficinas sobre iluminação, cenografia e som, na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro.

O encontro na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro mostra o trabalho desenvolvido pelos clubes de teatro de dezena e meia de agrupamentos, de escolas de norte a sul do país

O Encontro Nacional de Teatro na Escola arrancou na quinta-feira e estende-se até domingo nas Caldas da Rainha, juntando 157 alunos e professores de todo país, numa iniciativa integrada no Plano Nacional das Artes.

O encontro na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro mostra o trabalho desenvolvido pelos clubes de teatro de dezena e meia de agrupamentos de escolas de norte a sul do país, onde o teatro é reconhecido “como uma ferramenta basilar para a formação do aluno”, disse à agência Lusa a coordenadora do Plano Nacional das Artes (PNA) da escola que acolhe a iniciativa, Cecília Correia.

Para a coordenadora, “a área do teatro em contexto escolar é muito importante”, já que os alunos “trazem todos os dias uma mochila emocional” que por vezes “os impossibilita de compreender melhor as matérias”.

Convicta de que o teatro “encontrou nas escolas um vazio para preencher”, Cecília Correia sustenta que o teatro dá resposta às dificuldades sentidas por alunos que “não saibam lidar consigo, com o seu corpo, com a sua postura, que tenham receio de falar, que tenham receio de apresentar [um trabalho]”, levando-os a “não ter medo de dar a sua voz, a sua opinião” e a tornarem-se “melhores profissionais e melhores comunicadores”.

Uma opinião partilhada pela artista residente no agrupamento Bordalo Pinheiro, Amábile Bezinelli, que ao abrigo do Plano de Promoção do Sucesso Escolar trabalha com os alunos, professores e auxiliares que integram o clube de teatro da escola.

Para a atriz, “o facto de em Portugal não existir uma disciplina que trabalhe o teatro em contexto formal reflete-se na escassa formação de públicos”, área em que estes encontros assumem “o papel positivo de juntar miúdos que têm interesse nessa linguagem”.

No caso dos alunos da Escola Bordalo Pinheiro “eles não querem ir ao teatro para faltar a uma aula, têm mesmo interesse em ir ver uma peça, mesmo depois do horário escolar, de fazer perguntas, de entender como funciona tudo o que envolve este processo”, afirmou a atriz, acrescentando que no grupo de teatro “há já alguns que pretendem seguir esta via profissional”.

O encontro, que começou informalmente em Barcelinhos, cumpre nas Caldas da Rainha, a sua 43.ª edição, marcada por quatro dias de atividades em que, além de poderem mostrar as peças produzidas, alunos e professores têm a oportunidade de participar em oficinas sobre iluminação, cenografia e som, entre outros aspetos ligados à produção teatral.

Este ano participam, além do agrupamento Bordalo Pinheiro, vários agrupamentos de escolas de Lisboa, Vila Nova de Paiva, Moimenta da Beira, Alvaiázere, Ourique, Serpa, Santiago do Cacém, Alcochete, Vila Nova de Gaia, Ansião, Abrantes, Matosinhos e Ponta Delgada.

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