“Estudar o trabalho vidreiro: para uma história à boca do forno” é o tema da conferência proferida pela investigadora Emília Margarida Marques, que tem lugar no sábado, dia 25, às 16 horas, no foyer do Museu do Vidro na Marinha Grande.
Esta é a última conferência do ciclo “O vidro no museu – necessidades e narrativas”, no âmbito do 25.º aniversário do Museu do Vidro e irá contemplar alguns exemplos de investigações, em história e antropologia, abordando a indústria, a técnica e o trabalho vidreiro, com especial enfoque no contexto da Marinha Grande.
Durante a sessão, serão também discutidos métodos de pesquisa, temáticas e hipóteses dos trabalhos de investigação.
Emília Margarida Marques é investigadora no Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA-Iscte / IN2PAST) e no Instituto de História Contemporânea (IHC-NOVA FSCH / IN2PAST). Tem investigado e publicado, incidindo frequentemente na indústria vidreira e nos vidreiros e/ou no contexto marinhense, sobre temas como trabalho e técnica em contexto industrial; memórias do trabalho; trabalho, consumo, reprodução social e desigualdade; usos do filme industrial nas décadas intermédias do século XX em contexto português; memórias, identidades e história local.
Coordenou o sector “Vidreiros” na investigação comparativa “Memórias e identidades profissionais: reprodução de sistemas sociotécnicos”, o programa “Testemunhos Orais” e a investigação do bloco temático “Vidro”, no projeto colaborativo “O trabalho no ecrã”.
Lecionou no departamento de Antropologia da FCSH-UNL e é ainda autora de “Os Operários e as suas máquinas: usos sociais da técnica no trabalho vidreiro” e dezenas de outras publicações, entre relatórios, capítulos e artigos científicos e trabalhos de divulgação.