“A minha mãe chama-se Miquelina e nasceu em 1935. Durante grande parte da sua vida viveu em Moçambique. Nos últimos anos foi-lhe diagnosticada uma demência. Uma realidade que tenho vivido com sentimentos contraditórios, por um lado, o medo da degradação das suas faculdades, e por outro, o permitir-me aceder a um novo patamar de entendimento, que se situa algures entre a loucura, a ternura e a cumplicidade”.
As palavras são de Miguel Pereira, o coreógrafo que, a partir do tema da memória e da sua perda, construiu um espetáculo que é “um encontro delirante e carinhoso a dois”, que se revela um espaço de dança, o absurdo e a fragilidade, “numa tentativa de contrariar o tempo e escapar ao inevitável”.
“Miquelina e Miguel” leva o coreógrafo e a sua mãe – com quase 90 anos – a palco, e pode ser visto este domingo, 19 de maio (17 horas, 7 euros), no Teatro Stephens, na Marinha Grande.
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