Mais de 70 cadeiras de gaming, acima de meia centena de consolas, 40 Arcades e outros tantos torneios, 20 influenciadores, 15 áreas temáticas, uma dúzia de dispositivos de realidade virtual e muitas conversas e oficinas decorrem na Óbidos Vila Gaming entre 4 e 12 de maio, numa aposta do município para atrair ao concelho através da criatividade e inovação cerca de 40 mil visitantes.
A segunda edição do evento acontece na Cerca do Castelo e no Parque Tecnológico de Óbidos, compreendendo mais de 80 horas de atividades, num investimento camarário de 450 mil euros.
Entre as novidades preparadas para este ano, está um conjunto de workshops prensados para quem quer saber como se cria, projeta e desenha um jogo. Outra é o lançamento oficial do Observatório de eSports, que será criado para reunir informação e conhecimento sobre o sector.
Óbidos Vila Gaming apresenta-se como “um elemento adicional à estratégia de Óbidos relativamente àquilo que queremos para o concelho, e que é criar um hub ligado ao videogaming”, afirmou na apresentação da iniciativa Telmo Félix, vereador com o pelouro da Modernização Administrativa da Câmara de Óbidos.
Em paralelo, o município pretende alavancar o setor das indústrias criativas e aumentar “a capacidade de fixar e atrair jovens e menos jovens para novas oportunidades de negócio”.
“Este evento, com toda a sua pujança, vai-nos possibilitar, gradualmente, transformar Óbidos num território digital, inovador, criativo – que já o é – quer seja na educação, na cultura, ou nas empresas”, acrescentou o vereador.
Segundo Ricardo Duque, presidente do Conselho de Administração da empresa Óbidos Criativa, a segunda edição de Óbidos Vila Gaming quer trabalhar para “a parte d”a formação de públicos” e, ao mesmo tempo, contrariar o estigma de que o gaming é algo negativo.
O setor dos voideojogos é hoje “uma grande indústria e pode ser utilizada com uma forte componente pedagógica”.
“É aí que queremos desenvolver este projeto”, referiu o responsável, salientado a importância de parceiros como o parque tecnológico, a Impulse Gaming e as escolas.
“O gaming é muito mais do que jogar. Há um conjunto de indústrias que se desenvolvem ao lado do gaming, que são tão ou mais importantes – porque geram valor – e que se traduzem em muitos outros serviços”, sublinhou Ricardo Duque.