Desde fevereiro, há um “guaxinim” voador a dar que falar – e a “ouvir” mais ainda – em oito comunidades de Leiria, Marinha Grande e Pombal. Envolto numa felpuda e vistosa proteção, o “bicho” é, afinal, o gigante microfone com que David Ramy anda de um lado para o outro, a gravar sons e memórias de outros tempos. O professor, músico, ator é agora também operador de som num dos mais recentes projetos que a Sociedade Artística e Musical dos Pousos (SAMP) promove, ligando artes e comunidade: “Sons na Eira”.
SAMP está a gravar a banda sonora da vida de comunidades de Leiria, Marinha Grande e Pombal
Oito aldeias estão a mobilizar-se para recolher memórias do seu próprio património cultural e, a partir daí, criar obras originais. Herdeira de “Museu na Aldeia”, a iniciativa “Sons na Eira” da SAMP está a entusiasmar as populações maiores de 65 anos que embarcam nesta viagem pelos ecos do passado.