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Doentes idosos são o grupo etário com maior risco nutricional

Desnutrição, desidratação, perda de massa muscular, anorexia, obesidade e pré-obesidade são alguns dos riscos avaliados em doentes hospitalizados.

Mais de 51 mil doentes hospitalizados em 2023 apresentavam risco nutricional, ou seja 28% de um total de 181 mil pacientes rastreados tinham problemas de desnutrição, desidratação, sarcopenia (perda de massa muscular), anorexia e pré-obesidade.

Ainda segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), menos de metade (48%) dos doentes foram intervencionados nas primeiras 24 horas após a sinalização. O balanço consta do Relatório Anual do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) 2023, divulgado na passada semana.

O estudo, que monitoriza o risco nutricional, ou seja o risco de morbimortalidade devido ao estado nutricional, nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), revela por outro lado que os idosos a partir dos 65 anos são o grupo mais vulnerável em vários dos parâmetros analisados.

Neste grupo etário, os homens apresentavam maior risco no que toca à desnutrição, sarcopenia, anorexia e pré-obesidade, enquanto as mulheres tinham maior risco de desidratação.

Segundo explicou Maria João Gregório, diretora do PNPAS, à Lusa, a percentagem de doentes identificados como estando em risco nutricional (28,3%) é consistente com o que está descrito nos estudos, e que, muitas vezes, a desnutrição está associada à doença.

Desnutrição associada à doença

Confirmou ainda que “uma grande percentagem da população hospitalar é idosa” e que “a desnutrição também é mais prevalente nestes grupos da população”.

A responsável adianta ainda ter havido ao longo dos últimos anos “uma tendência para um aumento da capacidade de resposta das unidades hospitalares para implementar este rastreio nutricional”, admitindo, contudo, a necessidade de “melhorar significativamente a resposta das unidades hospitalares para que possam efetivamente fazer esta identificação sistemática do risco nutricional em todos os doentes que são hospitalizados”.

Segundo Maria João Gregório, o objetivo é alargar a identificação do risco nutricional aos cuidados de saúde de saúde primários, para que os doentes em risco possam ser referenciados para o serviço de nutrição.

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