O armador António Lé, presidente da Organização de Produtores da Figueira da Foz, disse hoje não haver explicações para o naufrágio da embarcação “Virgem Dolorosa” ao largo de praias da Marinha Grande, que causou a morte a três pescadores.
“A embarcação estava no exercício da sua atividade, em conjunto com as outras [mais seis da mesma organização] e, de um momento para o outro, virou. Não se sabe as razões, não se sabe nada, virou”, afirmou, em declarações à agência Lusa, António Lé.
Segundo o responsável, a embarcação foi comprada há três anos, é moderna e a tripulação é experiente.
“Nada justifica o que aconteceu”, reforçou.
O alerta para o adornamento da embarcação de pesca “Virgem Dolorosa” foi dado às 4h33 para o comando local da Polícia Marítima da Nazaré.
Onze tripulantes foram resgatados e há três desaparecidos, naturais da Praia da Leirosa, na Figueira da Foz.
António Lé explicou que, após a embarcação se ter virado, as que se encontravam nas proximidades “largaram a pesca e foram em socorro”.
“Conseguiram resgatar 11 tripulantes, três mortos, dois dos quais foram para a Nazaré e um desembarcou numa embarcação que se chama Nossa Senhora da Lapa, da Figueira da Foz, que também recolheu dois tripulantes resgatados com vida. Os outros foram trazidos por colegas”, acrescentou.
António Lé destacou a eficiência da Marinha portuguesa que prossegue as buscas para encontrar os três desaparecidos.
“Foram extremamente eficientes [Marinha]. Temos uma palavra de agradecimento”, sublinhou.
O armador falou em “sentimento de dor indescritível, não só das famílias como dos colegas”.
“Refugiou-se tudo porque era impossível conter as lágrimas, a ira, a revolta e o desagrado”, frisou.
Três de 17 pessoas que seguiam na embarcação que naufragou continuam desaparecidas, estando confirmados três mortos e o resgate de 11 elementos com vida, informou a Polícia Marítima da Figueira da Foz, distrito de Coimbra.
O alerta para o adornamento da embarcação de pesca “Virgem Dolorosa” foi dado às 4h33 para o comando local da Polícia Marítima da Nazaré.
Cervaens Costa explicou que a embarcação que naufragou está “localizada e visível”, continuando a decorrer operações de busca e salvamento, com a ajuda de um helicóptero da força aérea, um drone da Nazaré e uma equipa de mergulho.
Segundo o presidente da Câmara da Marinha Grande, Aurélio Ferreira, a “Virgem Dolorosa” é uma traineira com 24 por seis metros, com porto na Figueira da Foz.
A maioria das pessoas que seguiam na embarcação é da Figueira da Foz (Leirosa), havendo dois tripulantes da Indonésia, que foram resgatados com vida.