Madrid, Barcelona, Sónar Lisboa, Phonox e Jazz Cafe (Londres), Paredes de Coura, Coliseu dos Recreios e… Ti Milha. À sétima edição, o festival da Ilha, em Pombal, já surge na agenda de artistas com projeção internacional – como é o caso de Branko.
“Há um gozo enorme por ver que conseguimos estar num patamar em que atraímos este tipo de artistas”, confessa David Gomes, um dos responsáveis do festival que, entre sexta-feira e domingo, prossegue a missão de “mostrar a Ilha ao mundo e o mundo à Ilha”.
Este ano, a Associação Recreativa e Cultural de Promoção Social (ARCUPS) que organiza o Ti Milha resolveu elevar o orçamento. Resultado: anuncia-se a melhor edição de sempre.
“Pelo programa que construímos e pelo investimento que fizemos, conseguimos captar bandas, artistas, e tudo o resto, que já têm um bocadinho mais de mediatismo e que são mais atrativos”, considera David Gomes. Não necessariamente melhores, porque o Ti Milha tem feito desde o início um trajeto bem criterioso, acrescenta.
Além de Branko, referência incontornável da eletrónica atual, este ano há para ver e ouvir a festa cabo-verdiana dos Fogo Fogo – um desejo antigo na Ilha -, Scúru Fitchádu, Jhon Douglas e novos valores como Thispage, do pombalense Leonardo Pinto, que traz novo disco na bagagem.
O “tudo o resto” que David refere inclui conversas com a sexóloga Tânia Graça, famosa pelo podcast “Voz de Cama”, e a equipa da Brigada do Mar, oficina de olaria com Clay Monkeys ou spoken word de Maria Caetano Vilalobos.
No Parque de Lazer da Ilha, o festival constrói-se também com tai chi, ideias sobre alimentação sustentável, tatuagens, quebra-cabeças, curtas-metragens, o mais recente projeto de António Cova, a nova peça do Teatro Amador de Pombal ou o já famoso Sarau do Rancho.
“Não é um espetáculo de rancho, é um momento muito único e muito nosso, que atrai cada vez mais pessoas de fora”, explica o diretor do festival, sobre a recriação que evoca o trabalho do bracejo e os cantares associados.
“Sempre foi a nossa visão para o festival: que não fosse simplesmente de música. Queremos ter uma oferta cultural diversificada e que as pessoas possam vir cá, aproveitar e ver um bocadinho de cultura, oferecendo experiências diferentes”, afirma David Gomes.
Até domingo, a Ilha volta a abraçar o seu festival e quem o escolhe, em quatro dezenas de momentos de celebração de música, cultura e arte na natureza.
Toda a programação do Ti Milha está disponível em https://timilha.pt/programa/.