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Marinha Grande

Reforçadas buscas por pescadores desaparecidos após naufrágio

Três dos 11 pescadores resgatados vão continuar internados, um nos cuidados intensivos. Continuam as buscas pelos três pescadores que estão ainda desaparecidos.

Foto: AMN

As buscas pelos três pescadores desaparecidos da embarcação que adornou na quarta-feira ao largo das praias de São Pedro de Moel e de Vieira de Leiria, foram reforçadas hoje de manhã, segundo o capitão do porto da Nazaré.

“As buscas que se mantiveram durante toda a noite estão a ser hoje de manhã reforçadas gradualmente. Já houve reforço com mais uma viatura Amarok do projeto SeaWatch, patrulhas da Polícia Marítima, ‘drones’ e mais um navio da Marinha, que vai juntar-se a outro que esteve durante a noite na zona”, disse à Lusa o capitão do porto da Nazaré.

João Severino Lourenço adiantou ainda que cerca das 8 horas foram iniciadas buscas subaquáticas.

O dispositivo contará ainda com os Bombeiros Voluntários da Nazaré, que prestam apoio logístico aos mergulhadores da Marinha.

As buscas pelos três pescadores decorreram durante a noite com navio NRP Setúbal, depois de o dia terminar sem os mergulhadores conseguirem entrar no barco naufragado ao largo da Marinha Grande.

Esta quinta-feira, devido ao nevoeiro no local “não estão, de momento, reunidas as condições para o empenhamento de meios aéreos”, explica a Autoridade Marítima Nacional.

O Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima continua a prestar apoio aos familiares das vítimas.

O alerta para o adornamento da embarcação de pesca “Virgem Dolorosa” foi dado às 4h33 de quarta-feira para o comando local da Polícia Marítima da Nazaré.

Três tripulantes morreram, 11 foram resgatados e há três desaparecidos, naturais da Praia da Leirosa, na Figueira da Foz.

Três dos feridos do naufrágio vão continuar internados, um nos cuidados intensivos

Três dos 11 pescadores resgatados vão continuar internados, disseram à agência Lusa fontes hospitalares.

O ferido mais grave, de 57 anos, encontra-se nos Cuidados Intensivos do Hospital da Universidade de Coimbra, com problemas respiratórios e prognóstico reservado, de acordo com a Unidade Local de Saúde de Coimbra.

No Hospital Distrital da Figueira da Foz continuam em observação dois pescadores, um deles o mestre da embarcação, depois de ontem quatro terem tido alta médica, três ainda de manhã e outro durante a tarde.

PR contactou familiares de vítimas de naufrágio e irá sábado à Figueira da Foz

O Presidente da República contactou ontem com familiares de vítimas mortais e desaparecidos no naufrágio.

“Na sequência da nota publicada esta manhã [quarta-feira], sobre o trágico naufrágio de uma embarcação de pesca, o Presidente da República entrou em contacto telefónico com familiares de vítimas mortais e desaparecidos, e, na sequência da deslocação de hoje do primeiro-ministro, estará no próximo sábado na Figueira da Foz”, lê-se no texto.

Através da nota publicada ontem, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou condolências às famílias de pescadores que morreram neste naufrágio e desejou aos feridos uma rápida recuperação.

Numa visita ao final do dia de ontem à Docapesca, na Figueira da Foz, onde participou numa reunião com várias entidades, o primeiro-ministro Luís Montenegro expressou também “pesar, consternação e solidariedade a todos aqueles que foram atingidos” pela tragédia.

“Em nome dos portugueses e do Governo da República quero dar esta palavra de solidariedade total para com as vítimas, as suas famílias e toda a comunidade piscatória da Figueira da Foz e todos os pescadores portugueses”, sublinhou aos jornalistas.

Sem querer desviar as declarações do momento trágico, Luís Montenegro elogiou o espírito de entreajuda e solidariedade dos pescadores que socorreram a tripulação da embarcação naufragada.

Enalteceu ainda a intervenção “pronta e sempre muito constante” da Marinha Portuguesa “desde a primeira hora” nas ações de salvamento e busca.

O primeiro-ministro garantiu ainda apoio às famílias das vítimas ao nível de cuidados de saúde e acompanhamento psicológico, bem como a disponibilidade para acorrer a situações mais imediatas que sejam sinalizadas, nomeadamente nas famílias que tenham ficado sem recursos.

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