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Cultura

O calcário que vai do mar da Batalha até à pasta de dentes

Nova exposição no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha conta a história e o impacto da pedra calcária na região e nas nossas vidas.

Ana Mercedes Stoffel na visita de inauguração à exposição, no dia 24 de julho

“Não fazem ideia da quantidade que está nas nossas vidas, fora e dentro dos nossos corpos. Vão ver: quase tudo é calcário”. Foi assim que Ana Mercedes Stoffel abriu o “apetite” a quem esteve na inauguração de “A pedra e a Batalha – da matéria à vida”, nova exposição de média duração do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB).

Tal como a museóloga, não vamos estragar a surpresa: há várias, sobre a importância da pedra calcária nas nossas vidas – e até para os nossos dentes, ou não entrasse na composição da pasta com que os lavamos. Na Batalha ele é primordial. Está por todo o lado no Maciço Calcário Estremenho e dá forma ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, à volta do qual se desenvolveu a vila. Essa é a história que se conta do MCCB.

“A pedra é uma espécie de companhia dos batalhenses”, assinalou Ana Mercedes que, com uma vasta lista de especialistas, investigadores e populares, ajudou a construir a exposição que “é uma forma de personalizar a pedra”.

Ali está a história da formação do calcário, “desde que nasceu, fruto das conchas, caracóis, das ostras, que estavam no mar – porque tudo isto era um mar”, até “às pias, lápias e todas as peças do carso, maravilhosas”.

Mas também à utilização humana em habitações, objetos e, desde logo, na construção do mosteiro, “um momento glorioso”, salientou a museóloga. Quatro pequenos núcleos lembram ainda os mestres e canteiros, o papel do calcário na economia e as surpreendentes aplicações no nosso dia-a-dia.

Treze anos depois da fundação, o MCCB renova-se com uma exposição que pode ser visitada “num quarto de hora” mas também dá para “um dia inteiro” e até inspirar “um trabalho [académico]”, porque toda a informação está lá disponível.

Sobretudo, notou Ana Mercedes Stoffel, ali prova-se que “os seres humanos devem começar a ser um pouco mais humildes e considerar que tudo o que nos rodeia é necessário”. “Até as pedras da calçada”, concluiu.

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