Moro no Bairro das Almoinhas, Leiria, há dezenas de anos. Sei da existência do secular lavadouro da Fonte Quente, semanalmente utilizado, ainda hoje, por muitas lavadeiras, não só da freguesia de Marrazes como de outras terras vizinhas.
Em tempos, olhando a ruína da cobertura do mesmo, comuniquei à então Junta de Freguesia de Marrazes e Câmara Municipal de Leiria, alertando para os riscos. Repararam em tempo breve e fizeram outras reparações posteriormente, não muito bem conseguidas, sendo que a última deu alguma beleza e funcionalidade ao espaço, que mãos destruidoras têm utilizado para outros fins.
Porquê desfazer o que estava bem, retirando a caleira exterior, vedando a saída das águas, agora estagnadas, com lixos, lodos e lamas, havendo já queixas de senhoras com problemas de saúde nas pernas, culpando a situação, tubos de plástico soterrados e montes de pedra. O que escondem?
No domingo, dia 11 de agosto, confirmei isto mesmo no local. Um lago de água, lodo e lama dificultava o acesso ao lavadouro.
Senhores da Junta de Freguesia de Marrazes e Câmara Municipal de Leiria, não podem, da situação que existe, lamentar-se de que não sabem. Por favor, não abandonem o lavadouro ainda muito utilizado.
Que se proteja o que é natural e útil, corrigindo a saída da água como antes. Meia dúzia de caleiras de cimento pré-fabricado e poucas horas de trabalho resolviam o problema e fica barato.
Joaquim Sobreira Alves
Bairro das Almoinhas, Leiria
