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Cultura

Livro “Contra a Ordem Estabelecida” comprova “regime ditatorial, repressivo, que não é da ordem da ficção”

A obra reúne as crónicas de Alberto Costa publicadas no REGIÃO DE LEIRIA, que recordam os principais momentos e lutas da oposição democrática na região de Leiria.

Jaime Gama, Catarina Sarmento e Castro, Alberto Costa, Gonçalo Lopes e Fernando Mendes

Para quem viveu e fez parte do 25 de Abril, bastou um esfregar de olhos e… passaram 50 anos. Foi assim que Alberto Costa iniciou o discurso do lançamento do seu livro “Contra a Ordem Estabelecida”, onde as palavras de 20 crónicas servem de prova para quem – entre as gerações mais novas – não testemunhou a Revolução.

“[Pretende-se que] as gerações posteriores, incluindo as dos meus netos, possam, folheando um livro, encontrar referências pessoais, algumas imagens, que lhes forneçam a prova de que tivemos um regime ditatorial, repressivo, que não é da ordem da ficção, foi realidade”, afirmou o autor na sessão que decorreu este sábado, 21 de setembro, no Hotel Eurosol, em Leiria.

Ao longo de quase um ano, os artigos de Alberto Costa, agora compilados em livro, foram publicados no REGIÃO DE LEIRIA, na coluna “Crónicas do Cinquentenário”, recordando os principais momentos e lutas da oposição democrática na região de Leiria.

Uma das suas preocupações nas crónicas publicadas entre junho de 2023 e abril de 2024 foi, “sempre que havia justificação jornalística”, enunciar todas as pessoas que vinham ao caso, “para que esses nomes não fossem esquecidos”.

Jaime Gama, antigo presidente da Assembleia da República, não se coibiu nos elogios ao autor, com quem partilha memórias de amizade: “Ele é uma pessoa fascinante que só peca pela modéstia”, afirmou.

“Este livro revela uma profunda paixão pelo distrito de Leiria, pelas pessoas, onde ele procura reconstituir não só o lugar, como também reconciliar-se com muitos dos eventos e algumas das pessoas, por isso o livro tem também esse efeito de catarse”, acrescentou.

Para Jaime Gama, na obra é possível ‘ver’ o autor “celebrar-se naquilo que ele sofreu e que lhe permitiu ser o Alberto Costa que ele chegou a ser, que foi, que ele é e que ele será”.

E foi perante uma sala cheia que o ex-ministro da Defesa desafiou ainda Alberto Costa a publicar uma autobiografia.

Por seu lado, Catarina Sarmento e Castro, ex-ministra da Justiça, destacou a “perspicácia política, capacidade de leitura das situações e, sobretudo, a capacidade de encontrar soluções” do autor leiriense.

Já Gonçalo Lopes, presidente da Câmara de Leiria, considerou que o livro “oferece uma perspectiva privilegiada de quem lutou pela nossa democracia, pela nossa liberdade, e de quem muito contribuiu para a consolidação do regime democrático”.

No final da sessão foi descerrada uma placa que assinala os 55 anos do IV Encontro Nacional da Oposição Democrática, que se realizou em Leiria, a 21 de setembro de 1969, no Hotel Eurosol.

O livro pode ser adquirido na página de internet da editora Imagens&Letras: https://imagenseletras.pt/produto/contra-a-ordem-estabelecida/.

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