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Cultura

Mais de 600 tocadores no Encontro Nacional de Concertina da Barrenta em Porto de Mós

“Aquilo que podemos esperar é, acima de tudo, manter vivo este belo dia de convívio para o mundo das concertinas”, afirma a organização.

Os tocadores vão atuar em palcos de festival pela primeira vez

Mais de 600 tocadores de todo o país são esperados no sábado na 23.ª edição do Encontro Nacional de Tocadores da Barrenta, aldeia do concelho de Porto de Mós, no distrito de Leiria.

Esta organização do Centro Cultural da Barrenta, uma aldeia da União das Freguesias de Alvados e Alcaria, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Porto de Mós, tem crescido a cada edição e, em 2023, recebeu mais de 700 tocadores e muitos milhares de visitantes.

Este ano, Ricardo Pereira, um dos organizadores, explicou à agência Lusa que a expectativa é acolher, “pelo menos”, 600 tocadores de concertina.

“Mas o nosso encontro é aberto e todos os anos têm vindo novos tocadores. Tem havido sempre um acréscimo”, portanto, o número anunciado é apenas indicativo.

“Aquilo que podemos esperar é, acima de tudo, manter vivo este belo dia de convívio para o mundo das concertinas. Mais do que dar passos em frente, queremos melhorar [as condições] a todos os níveis”, sublinhou.

Para o Encontro Nacional de Tocadores de Concertina, a aldeia da Barrenta, com pouco mais de três dezenas de habitantes, mobiliza-se e prepara-se para receber muitos milhares de pessoas.

Nesta edição, avançou Ricardo Pereira, reforçaram-se as condições para o público, tanto a nível da oferta gastronómica e nas indicações audiovisuais sobre quem está a atuar, mas principalmente para os músicos.

“Achámos que era a altura correta para dar mais algum tipo de protagonismo a todos os grupos que fazem todos esses quilómetros para poder estar connosco, de coração aberto, aqui na Barrenta”.

Por isso, este ano, pela primeira vez, passará a haver palcos de festival, procurando dar “um momento digno a todos eles”, disse Ricardo Pereira, referindo-se aos tocadores.

“O momento do palco vai ser mais interessante, porque passamos a ter palcos maiores e com outra dimensão, o que para muitos dos tocadores vai ser uma grande novidade. Acho que vai ser um momento mais gratificante para quem se desloca e vai estar em palco”, salientou o organizador, que também é tocador de concertina.

No futuro, os elementos do Centro Cultural da Barrenta gostavam de alargar o encontro.

“É um sonho passar a fim de semana com um grande concerto a fechar. Seria assim o grande sonho, que é para isso que lutamos e caminhamos, mas sem nunca tirar daqui a essência do que é o festival: a partilha do instrumento por todos os que aqui vêm”, concluiu Ricardo Pereira.

Na Barrenta, a 23.ª edição do encontro de concertinas arranca no sábado a partir das 14 horas, estendendo-se até ao fim da tarde, também com cantares ao desafio.

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