É entre personagens típicos e cenas do quotidiano da capital argentina, um poeta narrador que é também um duende, várias marionetas sob seu controle, e um circo de psicanalistas que decorre “María de Buenos Aires”, a ópera-tango de câmara de Astor Piazzolla que esta sexta-feira abre o Festival de Ópera de Óbidos.
Estreada em 1968 com libreto do uruguaio-argentino Horacio Ferrer, “María de Buenos Aires” chega a Óbidos num espetáculo com direção musical de Daniel Schvetz e um elenco que conta com nomes como Ana Ester Neves (soprano solista), Christian Luján (barítono solista) e Guido Lisioli (recitante solista).
A música está a cargo de um ensemble que inclui intérpretes como Ana Beatriz Manzanilla (primeiro violino), Alexandre Frazão (bateria), Mário Delgado (guitarra) ou Martín Sued (bandoneón), entre outros.
O primeiro ato do festival acontece na Praça da Criatividade, neste dia 6 de setembro (21 horas, 20 euros, M16), com segunda récita no mesmo espaço no domingo, dia 8 de setembro (17 horas, 20 euros, M16).
O evento prossegue no sábado (21 horas, 25 euros, M16), no Convento de São Miguel, nas Gaeiras, com “O Último Canto – Camões e o destino”, uma ópera de César Viana, com adaptação livre da tradução portuguesa do poema dramático “Camões”, de Vassili Jukovski, por Larysa Shotropa e João Lourenço, e poemas de Luís Vaz de Camões.
O espetáculo assinala os 500 anos do nascimento do poeta português e conta com o barítono Luís Rodrigues como Camões, e a participação do Coro Záve e Musicamerata Ensemble.
Para 14 de setembro, no Olho Marinho, está agendado a Gala de Ópera de homenagem a Giacomo Puccini, no centenário da sua morte. O Convento de São Miguel de Gaeiras recebe as récitas de “A filha do regimento”, ópera cómica de Donizetti que será apresentada nos dias 13 e 15 de setembro.