A Crisal está a substituir o antigo forno regenerativo por um de combustão com oxigénio [oxi-híbrido], que reduzirá “o impacto ambiental da atividade” da empresa da Marinha Grande. O novo equipamento entrará em funcionamento em dezembro.
A empresa, a única produtora portuguesa de vidro de mesa, considera que o forno “aumenta a capacidade de produção, a flexibilidade para atender às necessidades dos clientes e reduz o impacto ambiental da sua atividade”.
O projeto de construção decorre ao longo de 100 dias [desde agosto] e, depois das etapas de drenagem e demolição do forno atual, já concluídas, segue-se a construção do novo, aquecimento, enchimento e conclusão das obras.
“O design do forno de fusão e a tecnologia de combustão utilizadas permitem à Crisal produzir de forma mais sustentável, reduzindo as emissões, o consumo de energia e melhorar as condições de trabalho”, revelou a empresa, na quarta-feira, dia 16, na sequência da cerimónia em que assinou um “acordo de longo prazo” com a Rega Energy para o fornecimento de gases renováveis.
O forno de “última geração”, com um nível de eletrificação de até 80%, “reduzirá significativamente a dependência de combustíveis fósseis. O restante consumo de gás natural será gradualmente substituído por gases renováveis fornecidos pela Rega Energy.
Esta empresa vai fornecer hidrogénio e oxigénio verdes à Crisal. Para Antoine Jordans, CEO da LCGlass, que detém a Crisal, “este acordo é um primeiro e importante passo para a descarbonização da produção de vidro de mesa”, assumindo a Marinha Grande um papel de liderança na indústria na Europa.