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Escolasticídio – o ano escolar começou, mas não em Gaza

Das escolas básicas e secundárias, 90% requerem reconstrução parcial ou total, comprometendo-se desta maneira a educação de toda uma geração.

O novo ano letivo iniciou-se de forma tranquila em todo o hemisfério Norte, exceto em Gaza, onde as 625.000 crianças e jovens matriculados no sistema educativo, em outubro de 2023, desde essa data não voltaram à escola.

É evidente que Israel assumiu uma política de extermínio e genocídio ao povo da Palestina. Até hoje, foram mortos mais de 50.000 palestinianos, dos quais mais de 19.000 crianças. Além das crianças assassinadas por Israel, há ainda que contar com as desaparecidas, feridas, mutiladas e orfãs. Este é um genocídio bárbaro, criminoso e belicista sem precedentes na história da sociedade moderna.

Nesta guerra sangrenta, as instalações escolares têm sido particularmente visadas, num padrão de ataques a escolas, universidades, professores e estudantes. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), e cito, “com mais de 80% das escolas em Gaza danificadas ou destruídas, pode ser razoável perguntar se existe um esforço intencional para destruir de forma abrangente o sistema educativo palestiniano, uma ação conhecida como escolasticídio”

Também segundo dados da ONU, sabe-se que todas as 12 universidades de Gaza foram bombardeadas e consequentemente total ou parcialmente destruídas e pelo menos 95 professores do Ensino Superior foram assassinados. Das escolas básicas e secundárias, 90% requerem reconstrução parcial ou total, comprometendo-se desta maneira a educação de toda uma geração.

Para assinalar junto de todos os leirienses a oposição contra as brutais violações de Israel contra o Estado da Palestina e o seu povo, um conjunto de pessoas defensoras dos Direitos Humanos estará no dia 8 de outubro, pelas 18h15, concentrada junto à rotunda do Sinaleiro.

Que todos os cidadãos no mundo defendam a vida.

Que todos nós possamos estar do lado da paz, da cooperação e da solidariedade internacionalista.

Que cada português não esqueça que a educação é um direito humano e de acordo com o artigo 26.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas (DUDH): “Todos os seres humanos têm direito à educação”, independentemente da sua experiência, credo, cor ou género.”.

No dia 8 de outubro cada um de nós é bem-vindo para estar nesta ação unitária promovida pelo CPPC (Conselho Português para a Paz e Cooperação), MPPM (Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente), CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses) e Projeto Ruído.

Inês Silva
membro do CPPC, presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica de Branca de Leiria

André Crespo
membro do CPPC, professor do Agrupamento Escolar de Marinha Grande Poente

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