Naturais de Porto de Mós, Pedro Miguel Santos e Diogo Cardoso, jornalistas da revista digital Divergente, apresentam dois trabalhos no Doc Lisboa, que arranca esta quinta-feira.
Um dos trabalhos a concurso neste que é o mais antigo festival de cinema em Portugal exclusivamente dedicado ao documentário, é “Por ti, Portugal, eu juro!”, realizado por Sofia de Palma Rodrigues e Diogo Cardoso, natural do Juncal.
Este filme é produzido pela Divergente, revista digital de jornalismo narrativo. Depois da apresentação do documentário na 22º edição deste certame de cinema documental, o filme estreia nas salas de cinema nacionais a 7 de novembro.
No âmbito do festival, “Por ti, Portugal, eu juro!” conta com apresentação mundial sábado, 19 de outubro, na Culturgest, em Lisboa.
O filme conta a história dos Comandos Africanos da Guiné, “guineenses que lutaram pelo regime colonial, e até 1974 eram cidadãos portugueses, não têm voz na narrativa histórica contada por nenhum dos lados desta guerra: nem de Portugal como país colonizador, nem do PAIGC como partido fundador da nação da Guiné-Bissau. O PAIGC fala destes homens como ‘monstros’; Portugal refere-os como heróis, mas nunca os reconheceu como tal”, explicam os realizadores em nota de imprensa.
Por sua vez, Pedro Miguel Santos, da Corredoura, Porto de Mós, igualmente jornalista na revista Divergente é, em conjunto com Patrícia de Brito, responsável pela dramaturgia de um documentário filmado na Assembleia da República, durante um ano, a duração de uma sessão legislativa.
“O Palácio de Cidadãos” tem estreia mundial na terça-feira, dia 22, no Cinema São Jorge, em Lisboa. O filme retrata o funcionamento do parlamento e aborda questões relativas aos direitos à habitação, à saúde e ao trabalho, devendo estrear nos cinemas lusos no próximo ano. No futuro, dará origem a uma série televisiva, com episódios temáticos, avançam os autores.
Rui Pires realiza este documentário. “Proponho olhar para a Assembleia da República e para os seus atores através do cinema do real, fugindo a uma abordagem jornalística. Revelando como as ações das deputadas e deputados refletem conflitos entre diferentes visões da sociedade, criando ligações entre os cidadãos dentro e fora do Palácio”, refere o realizador, citado em nota de imprensa.
O Doc Lisboa acontece a partir desta quinta-feira e até dia 27 de outubro em vários locais da capital portuguesa.