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Projeto apoia integração de crianças e jovens imigrantes em Ansião, Alvaiázere e Penela

O projeto contempla a dinamização de sessões para a aprendizagem de português e o conhecimento da história e geografia do país, bem como atividades focadas nas tradições e cultura popular, entre outras.

Projeto, destinado a crianças e jovens dos 3 aos 18 anos, visa promover a convivência intercultural e combater a xenofobia, a discriminação e a exclusão social

O projeto “Crianças sem fronteiras” vai apoiar, a partir de novembro, a integração de crianças e jovens imigrantes nos concelhos de Ansião, Alvaiázere e Penela, para promover a convivência intercultural e combater a xenofobia.

A diretora pedagógica da Escola Tecnológica e Profissional de Sicó (ETP Sicó), Edite Ferreira, disse à agência Lusa que a ideia surgiu após a constatação do “cada vez maior número de imigrantes, e nomeadamente crianças e jovens imigrantes, que têm chegado ao território de Ansião, Alvaiázere e Penela”.

A ETP Sicó, entidade promotora do projeto, tem sede em Avelar, no concelho de Ansião, com pólos em Alvaiázere e Penela (Coimbra).

Segundo Edite Ferreira, aquele “número tem sido crescente, com algumas dificuldades depois evidenciadas em termos de integração das famílias no seu todo”.

“Mas, acreditando que as crianças e os jovens são os principais agentes que ajudam à integração também das famílias, achámos que seria muito importante estes territórios pensarem um projeto agregador, integrador e que pudesse promover o acolhimento das crianças e jovens num espaço que possa estimular a integração cultural, social, territorial e geográfica”, afirmou esta responsável.

Uma nota de imprensa da ETP Sicó adianta que “Crianças sem fronteiras” resulta de uma candidatura apresentada ao programa Portugal Inovação Social, num investimento de 301.246,34 euros com um financiamento público de 240.997,07 euros e uma comparticipação de 60.249,27 euros dos investidores sociais (juntas de freguesia daqueles concelhos e as empresas Odraude e Ascendi).

Além dos investidores sociais, “o projeto contará com o apoio de uma rede de parceiros sociais e com os agrupamentos de escolas de Ansião, Alvaiázere e Penela, que desempenharão um papel ativo na orientação estratégica e operacional do projeto”.

Edite Ferreira realça ainda o apoio, “desde a primeira hora”, dos agrupamentos de escolas, sem o qual o projeto não avançaria.

A candidatura foi submetida em janeiro, sendo que então o número de crianças e jovens imigrantes naqueles três concelhos era de cerca de 250, refere a diretora pedagógica, admitindo, contudo, que já está desatualizado.

De acordo com a ETP Sicó, o projeto “tem como principal objetivo criar um espaço de educação e integração que promova a convivência intercultural e combata a xenofobia, a discriminação e a exclusão social”, e destina-se a crianças e jovens imigrantes, com idades entre os 3 e os 18 anos, integrados nos agrupamentos de escolas, instituições privadas e instituições particulares de solidariedade social dos três concelhos.

A iniciativa arranca no dia 4 de novembro e tem a duração de três anos, prevendo-se, neste período, diversas atividades para dotar crianças e jovens de “competências linguísticas, culturais, comportamentais e sociais, essenciais para a sua plena integração na sociedade portuguesa”.

Entre as atividades a desenvolver estão, por exemplo, sessões para a aprendizagem de português e línguas estrangeiras e para o conhecimento da história e geografia do país.

Estão igualmente contempladas atividades focadas nas tradições e cultura popular, assim como lúdicas, artísticas e desportivas.

A diretora pedagógica da ETP Sicó salienta que a região precisa de imigrantes, assinalando que muitas empresas “conseguem continuar a laborar graças à mão-de-obra dos pais destas crianças” que vão integrar o projeto.

“Queremos fazer destes territórios, territórios amigos dos imigrantes, é esse o nosso objetivo”, sustenta Edite Ferreira, desejando que a parceria, com entidades públicas e privadas, em 3 de novembro de 2027, quando termina o projeto, permita alcançar uma comunidade integrada, independentemente da nacionalidade.

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