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Cultura

As histórias que Paulo Sanches contou ao filho Afonso deram um livro sobre a diferença

“A girafa com medo de alturas, o burro inteligente e a coruja dos óculos escuros” é lançado no sábado, dia 16, às 16 horas, na Fnac do LeiriaShopping.

Paulo Sanches: "Nunca pensei vir a escrever um livro, mas para grande surpresa minha aqui está ele"

À noite, para ajudar o filho Afonso adormecer, Paulo Sanches começou a improvisar histórias. “Tinha apenas uma luz de presença e não conseguia ler livros. Como não sabia muitas de cor, comecei a inventar as minhas próprias histórias”.

Foi assim que o músico, professor e um dos fundadores de Crianças ao Palco se lançou no mundo das histórias infantis.

“O Afonso ajudou-me muito, pois não me deixava alterá-las muito de um dia para o outro. Dizia logo: ‘pai, não é assim’. Isso ajudou-me a criar uma estrutura. Claro que ia desenvolvendo cada vez melhor o enredo até chegar ao resultado final”, recorda Paulo Sanches.

Mais tarde, a mulher recomendou-lhe que as escrevesse, para ficarem como recordação. Mas resolveu arriscar e levar mais longe essa memória das histórias para o Afonso: “Mandei para umas editoras e recebi um contacto da Flamingo a demonstrar interesse”.

O interesse ganhou forma de livro e o resultado é “A girafa com medo de alturas, o burro inteligente e a coruja dos óculos escuros”, que marca a estreia do músico como escritor. As ilustrações são de Tânia Bailão Lopes e o lançamento da obra está agendado para este sábado, dia 16 de novembro (16 horas), na Fnac do LeiriaShopping.

“Nunca pensei vir a escrever um livro, mas para grande surpresa minha aqui está ele”, confessa Paulo Sanches.

A edição é composta por três contos de animais que, “por razões distintas, são diferentes dos demais”.

“Apresentam características diferentes e necessitam da ajuda dos colegas e principalmente da sua compreensão e aceitação da diferença”, explica o autor.

Com o livro, Paulo Sanches pretende partilhar valores como “a amizade, respeito pela diferença, espírito de grupo, gratidão”.

“Podemos sempre, de uma forma lúdica e divertida, exaltar valores essenciais para a nossa vida em sociedade. Espero que as crianças gostem e que consigam absorver a mensagem. E, acima de tudo, que se divirtam”, conclui.

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