O orçamento do município da Batalha para 2025 é de 27,6 milhões de euros, disse à agência Lusa o presidente da autarquia do distrito de Leiria, destacando a construção de um novo centro de saúde.
Raul Castro, do movimento independente Batalha é de Todos, justificou o valor do orçamento, mais cerca de sete milhões de euros do que o do corrente ano, com obras a executar em 2025 e que “têm grande peso”.
A este propósito, exemplificou com o centro de saúde, investimento de quase cinco milhões de euros.
Raul Castro considerou esta a obra mais importante e emblemática no orçamento para o próximo ano, esclarecendo que a empreitada arranca assim que a Câmara da Batalha receber o visto do Tribunal de Contas.
Relativamente a outros investimentos, apontou obras no âmbito do abastecimento de água (acima de um milhão de euros) ou a reabilitação de estradas.
O presidente da Câmara, eleito em 2021, realçou, também, o investimento na área da cultura, com valores na ordem dos 800 mil euros.
“[O valor] distribui-se por várias rubricas, de modo que possamos continuar a fazer o trabalho que fazemos”, referiu, admitindo a necessidade de ter “alguma ponderação”.
Neste âmbito, o autarca realçou a importância de se fazer “uma boa gestão financeira dos parcos recursos que o município vai ter”, para se “conseguir desenvolver este projeto global que vai, com certeza desenvolver o concelho da Batalha”.
Ainda de acordo com Raul Castro, os impostos em 2025 mantêm as taxas do corrente ano.
Assim, o IMI continua no mínimo, 0,3%, com benefícios para as famílias alargadas, e o valor da participação do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) mantém-se na taxa máxima de 5%. A Derrama tem a taxa reduzida de 0,95% para microempresas com volume de negócios inferior a 150 mil euros e 1,2% para as restantes.
O orçamento foi aprovado na segunda-feira com o voto contra dos eleitos do PSD.
“Trata-se de um orçamento desgarrado, consequência da falta estratégia e da definição de prioridades do mandato do movimento Batalha é de Todos”, lê-se numa declaração assinada pelos dois vereadores do PSD, Ana Rita Silva e Nuno Almeida.
Acusando o executivo liderado por Raul Castro de ter parado o concelho “nos últimos três anos”, a oposição sustentou que “agora, por força da proximidade de eleições [autárquicas, em 2025], apresenta um orçamento eleitoralista diferindo as obras ao longo de vários anos orçamentais”.
“No nosso entender, quem quer fazer obra programa-a em tempo útil e não a projeta em promessas a médio prazo”, explicaram, considerando que no orçamento deveria “ser prioridade a criação de habitação a custos controlados”, assim como zonas industriais ou a reparação da estrada da Perulheira “na totalidade do seu percurso e não em três troços”.
O orçamento deste ano é de 21 milhões de euros.