O concelho de Pombal vai ter investimentos de 10 milhões de euros em quatro unidades de saúde, destacando-se, pelo montante, a ampliação do centro de saúde da sede do concelho, foi hoje divulgado.
“Creio que é um salto muito positivo no nosso território”, afirmou à agência Lusa o presidente do município, Pedro Pimpão, adiantando que os investimentos decorrem do Plano de Recuperação e Resiliência, pelo que “têm de ter a sua execução física e financeira até 2026”.
Admitindo tratar-se de um contrarrelógio para a sua concretização, Pedro Pimpão garantiu que a autarquia vai avançar com o procedimento concursal “o mais rapidamente possível”.
Numa nota de imprensa, a Câmara referiu que “em causa está a remodelação e ampliação do Centro de Saúde de Pombal, no valor de quatro milhões de euros, que permitirá uma melhor capacidade de resposta e dignidade aos utentes, para além de disponibilizar outras respostas de cuidados de saúde primários aos utentes”.
“Os restantes investimentos referem-se à construção da Unidade de Saúde do Vale do Arunca (para servir as freguesias de Redinha, Almagreira e Pelariga) e as Unidades de Saúde de Santiago, São Simão de Litém e Albergaria dos Doze, e de Carnide, Vermoil e Meirinhas, num valor a rondar os dois milhões de euros cada”, lê-se na nota.
De acordo com o município, “as futuras infraestruturas, consensualizadas com a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria e as respetivas juntas de freguesia, permitirão melhorar as condições para os profissionais médicos, de enfermagem e técnicos, melhorando, igualmente, a qualidade da resposta assistencial às populações, com mais valências e serviços”.
Pedro Pimpão disse que a autarquia está a acompanhar a reorganização da rede de cuidados de saúde primários e quando o município assumiu as competências na área da saúde fez questão de articular os investimentos necessários para a criação de “condições físicas, de infraestruturas, necessárias para melhorar os cuidados de saúde” no concelho.
“Nesse âmbito, apresentámos logo essas candidaturas”, explicou.
Questionado sobre a falta de médicos de família, o presidente do município considerou que a dignidade e a qualidade dos equipamentos são um “fator de atratividade para os profissionais de saúde se fixarem no território, porque vão ter melhores condições de trabalho”.
Pedro Pimpão salientou ainda que as autarquias não têm competência para contratar clínicos, mas podem exigir, “de quem tem essa responsabilidade, que coloque profissionais de saúde” no território.
“A partir do momento em que estas unidades estão a evoluir para unidades de saúde familiar, só a própria organização é mais atrativa para os profissionais de saúde, porque, se cumprirem determinados objetivos, têm reforço também das suas remunerações”, acrescentou, reconhecendo que este modelo é “positivo e de atratividade para os médicos”.
Estes investimentos vão ser apresentados à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, na cerimónia de assinatura dos contratos de financiamento, na sexta-feira à tarde, nos Paços do Concelho, anunciou a Câmara de Pombal.